Débora Siqueira
Da Redação
A Polícia Militar prendeu 10 pessoas durante o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão da "Operação Cadeado". As determinações foram expedidas pela juíza Maria Cristina Simões, da 9ª Vara Especializada em Delitos de Tóxicos. O nome da operação é uma referência à gíria dos bandidos para se distinguir pessoas que não denunciam os demais, nem mesmo sob pressão. Também foram apreendidos 40 munições calibre 20,12 e 38, um litro de éter, dois pacotes de pasta base, uma balança de precisão, 11 celulares, 30 cabecinhas de pasta base e quatro porções de maconha.
As bocas de fumo fechadas funcionavam nos bairros Cidade Alta, Novo Horizonte, CPA, Jardim Leblon, Novo Terceiro, Vila do Pari, Quilombo, Pedregal e Ribeirão do Lipa.
Somente no Pedregal, três pessoas foram presas numa boca-de-fumo que funcionava na rua Mandiopé, número 28. A casa tinha até câmera de segurança e um cachorro da raça pit bull. Tudo para a segurança de compradores e dos traficantes. O local também era uma laboratório de refino de cocaína. A Polícia Militar encontrou pacotes da droga escondidas nos encanamentos e na caixa de ar condicionado da casa.
O coronel Osmar Lino Farias, chefe do Comando Regional 1 (Cuiabá), comentou que a Operação Cadeado só foi possível por causa de pessoas que ligaram ao Disque-Denúncia 0800 65 3939. Em 30 dias, o serviço de inteligência da PM mapeou os pontos de revenda de tóxicos.
Durante a prisão de João Márcio da Silva Sales, 22, Edson José da Cruz, 31, e da adolescente J.S.C, 17, moradores se aproximaram dos policiais para fazer novas denúncias de bocas de fumo, inclusive numa residência abandonada na rua Mandiopé, ao lado de onde foi realizada as detenções.
