sexta-feira, 14 de março de 2008

Ibama fecha madeireira em Sinop e multa outra


RESULTADO
Ibama fecha madeireira em Sinop e multa outra

Órgão ambiental e Polícia Federal lacraram atividades de empresa no Norte de MT


Policiais federais e os agentes do Ibama continuam com operação Arco de Fogo em três estados


Patrícia Neves
Da Redação

Uma madeireira foi fechada em Sinop e outra, na cidade de Alta Floresta, notificada. No total já foram apreendidos cerca de 757 metros cúbicos de madeira, de acordo com o Ibama durante operação "Arco de Fogo" desencadeada desde o dia 10 em municípios da região Norte do Estado. A Polícia Federal e os agentes de fiscalização lacraram a entrada da empresa em Sinop assim como todo maquinário. Com embargo, a madeireira fica impedida de realizar a compra e venda de créditos de base florestal.

Ainda segundo o Ibama, em Sinop foi emitida multa no valor de R$ 136, 865 mil. Em Alta Floresta foram R$ 39,395 mil por existir madeira sem comprovação de procedência no pátio e outros R$ 1,5 mil pelo desvio do curso de um córrego. Como ainda não existe um local definido para que a madeira apreendida seja encaminhada os respectivos proprietários das empresas serão os fiéis depositários do material. Não foram realizadas prisões.

A ação foi preparada em tempo recorde após a divulgação de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou os estados de Mato Grosso,Pará e Rondônia como sendo os grandes desmatadores da Amazônia. Por causa dos dados, que são contestados pelo governo de Mato Grosso, foi decretado o impedimento do desmate em 19 municípios do Estado.

A ação da Polícia Federal e Ibama será desencadeada em todos eles.

Reação - Na próxima terça-feira (18), indústria e comércio deve paralisar suas atividades em protesto contra a ação em Sinop (que não foi incluída na listagem das que mais desmatam, mas é alvo da ação policial). Nas 19 cidades que contestam os dados do INPE que originou na operação, também haverá paralisações. Juara, Alta Floresta, Claudia, Feliz Natal, Vera, Paranaíta, dentre outras, devem fazer manifestos.

Prefeitos de cidades atingidas, assim como entidades de representação das indústrias e do segmento madeireiro, além do presidente da comissão de Meio Ambiente da Assembléia, deputado Dilceu Dal Bosco, vão tentar impedir judicialmente a ação. Se cogita a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar abusos.