quarta-feira, 30 de abril de 2008

Das vozes interiores

Postado por Paulo Coelho em 26 de Abril de 2008 às 00:16
Baby Consuelo tinha saído com o dinheiro contado para levar o filho ao cinema. O garoto estava animadíssimo, e a toda hora perguntava quanto tempo demorariam para chegar.

Ao parar no sinal, viu que um mendigo sentado na calçada - sem pedir nada.

“Dê todo o dinheiro que você carrega para ele”, escutou uma voz dizer.

Baby argumentou com a voz - havia prometido levar o filho ao cinema.

“Dê tudo”, insistiu a voz.

“Posso dar metade, meu filho entra sozinho, e eu espero na saída”, disse ela.

Mas a voz não queria conversa: “dê tudo”.

Baby nem teve tempo de explicar para o garoto: parou o carro e estendeu todo o dinheiro que carregava para o mendigo.

“Deus existe, e a senhora me mostrou isto”, disse o mendigo. “Hoje é meu aniversário. Eu estava triste, envergonhado de estar sempre esmolando. Então resolvi não pedir nada: se Deus existisse, ele me daria um presente”.

“Busque primeiro o Reino dos Céus, e tudo o mais será acrescentado”, diz Jesus Cristo.

O que é este Reino?

Com certeza não é um paraíso distante, encravado no meio das estrelas, onde um bando de anjos felizes nos espera com néctar e ambrósia. Tampouco é o apartamento de cobertura em frente ao Central Park, em New York, onde alguém nos serve champanhe e caviar. Muito menos é uma ermida perdida no meio do deserto, onde comemos gafanhotos e nos dedicamos a orar pela salvação do mundo.

Não tenho procuração para dar explicações em nome de Jesus Cristo, mas penso que - entre outras coisas - o Reino dos Céus é o nosso caminho.

Se honrarmos nossa Lenda Pessoal, se escutamos nosso coração, estamos nele.

Depois de superar os momentos difíceis, vamos encontrar tudo que nos falta.

A vida tem o sentido que nós a damos. Não podemos abrir concessões. Não vamos abrir concessões.

Todas

MCCE lança novo projeto de iniciativa popular

novo projeto de lei de iniciativa popular impedindo a candidatura de pessoas com antecedentes criminais e candidaturas dos que renunciam ao mandato para escapar de punições legais está sendo lançado pelo MCCE, com apoio das 35 entidades que compõem o seu comitê nacional.

O objetivo é tornar possível o afastamento de candidaturas de pessoas que estão envolvidas em práticas criminosas, ainda que não haja sentença definitiva.

:: Veja a notícia clicando aqui no site

::Veja aqui como participar dessa campanha

É fácil apoiar esta campanha pelo aperfeiçoamento das nossas eleições.

Nossa meta é conseguir mais de 1 milhão e 200 mil assinaturas. Isso só será possível com um grande engajamento da sociedade.

Imprima o formulário em anexo e ajude-nos a melhorar a maneira de fazer política em nosso País.

Para baixar e imprimir o formulário, clique aqui (pdf) ou aqui (word)

Para participar basta recolher o maior número de assinaturas possível.

Não deixe de preencher todos os campos do formulário; caso contrário a assinatura não poderá ser contabilizada. Depois, é só enviar para:

ENVIAR PARA:

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE/MT)

Rua João Monge Guimãres 102, Bairro: Bandeirantes

CEP: 78005-000 - Cuiabá - MT

Telefones:(65) 3624-9199 / 9922-7126

E-mail:mcce9840mt@ig.com.br

Ou para o Comite Nacional

Movimento de Combate à Corruopção Eleitoral (MCCE)

SAS, Quadra 5, Lote 2, Bloco N, 1º andar CEP 70.438-900

Mais informações : (61) 2193-9746 ou lei9840@gmail.com

Sua colaboração é muito importante!

terça-feira, 29 de abril de 2008

É hora do plebiscito

Pesquisa CNT/Sensus mostra que 50,4% dos entrevistados são favoráveis ao 3º mandato do Lula. No auge do prestígio do presidente (69,3% de aprovação na avaliação pessoal), a maioria é frágil, por isso alentadora. Principalmente quando a economia brasileira começa a apresentar fragilidade: rombo no orçamento, crise de alimentos, déficit nas contas externas, explosão de lucros de bancos em detrimento da produção... Se o plebiscito for feito agora, Lula perde. Será o novo Hugo Chávez, um estadista de 2ª classe. Aí, vai baixar a crista.




Postado por Roberto Jefferson.

Fiz muito pelo social, afirma pré-candidata Iraci





A ex-vice-governadora Iraci França (DEM) disse que está "preparadíssima" para disputar a Prefeitura de Cuiabá e afirma que fez muito pelo social enquanto secretária de Bem-Estar Social. Quanto a atuação da atual secretária de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, Celcita Pinheiro, ela preferiu não fazer comentários. Disse apenas que o trabalho social precisa de uma seguência. Iraci foi secretária por oito anos durante toda a administração do marido Roberto França (sem partido). "Os projetos da área social são constantes e, por isso, deve ser dado sequência. Nenhum dos projetos que demos início continua sendo aplicado", diz a democrata, sem, porém, citar nomes.

Iraci afirma que vai debater o assunto no momento certo. "É uma polêmica que deve ser discutida na hora certa". Garante que fez um bom trabalho à frente da pasta. "O social de Cuiabá não errou". Ela adianta ainda que pretende contar com o apoio do seu marido durante o processo eleitoral, já que o ajudou durante todas as suas campanhas. "Fui o esteio das três campanhas dele (França)", recorda Iraci, ao insinuar que agora nada mais natural do que receber o apoio de França.

A democrata conta que não pediu apoio ao parlamentar, mas adianta que a tendência é de França não se filiar a nenhum partido até as eleições. Ela enfatiza que é um bom nome, pois conheceu bem o funcionamento da máquina pública quando, além de primeira-dama, ficou à frente da secretaria de Assistência Social da Capital (antes era Bem-Estar Social) por 8 anos.

A ex-primeira-dama do município diz ainda que a Executiva municipal do DEM vai se reunir nesta semana para definir um plano de trabalho consistente com vistas a enfrentar seus adversários nas urnas. "Está sendo feito um levantamento conforme a realidade de Cuiabá". Conta ainda que o grande interesse da sigla democrata é eleger maior número de prefeitos no Estado, antes mesmo de buscar alianças com outras legendas. (Pollyana Araújo)

Casos não estão restritos ao meio rural

Casos não estão restritos ao meio rural

DANA CAMPOS
Especial para o Diário

Alojamento em condições humilhantes, falta de apoio médico, transporte de risco, falta de equipamento de segurança são alguns exemplos de situações que podem ser consideradas como trabalho análogo ao escravo. Para esclarecer quais outras atitudes que podem ser consideradas como regime semelhante ao de escravidão, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público do Estado (MPE), com o apoio da Assembléia Legislativa, lançaram ontem, a campanha publicitária “Quem aceita o trabalho escravo ajuda a cavar esta cova”.

Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, a sociedade ainda desconhece as condições em que muitos trabalhadores se submetem para conseguir um “ganha-pão”. “A necessidade de sobrevivência dessas pessoas faz com que elas aceitem viver em condições desumanas”, afirmou.

Conforme dados do MPT, mais de 120 pessoas foram resgatadas de áreas rurais e que trabalhavam em condições degradantes só este anos, em Mato Grosso. De acordo com Prado, o trabalho escravo não está apenas no campo. “Um trabalhador da construção civil que aceita trabalhar sem o cinto de segurança, por exemplo, também se submete ao trabalho escravo”, comparou. Para ele, o empregador que não garante condições seguras de trabalho está agindo contra a lei.

Para o procurador-chefe do MPT, José Pedro dos Reis, a campanha, além de informar quais as características em que se enquadra o trabalho escravo, servirá também para desarticular muitas quadrilhas que aproveitam da fragilidade dos trabalhadores. “Há muita gente envolvida nesse processo e que os ministérios, juntamente à Justiça, estão investigando”. Segundo Reis, há o envolvimento de empresários do setor de turismo de regiões mais afetadas, como Barra do Bugres e Alta Floresta, neste tipo de crime. “É um trabalho articulado, eles atuam em conjunto com os fazendeiros e vendem a idéia de um trabalho digno. Quando os trabalhadores chegam a realidade é outra”, destacou.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Curso de artesanato em sementes realizado no município de Poxoréu



Marcos Negrini/Setecs-MT


No município de Poxoréu, da natureza surgem peças em artesanato e vários modelos de bijuterias, como colares, pulseiras e brincos. A matéria-prima para a produção dos adereços vem de sementes de olho de boi, flamboaiã, coco, enfim, produtos típicos da região. Já a produção dessas peças é feita em sala de aula, através do curso de Artesanato em Sementes, desenvolvido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), em parceria com o Senai.

Dezenove alunas participam atentamente das aulas, que iniciaram no dia 24 de abril e são realizadas no período da tarde. Como a maioria não tinha conhecimento na área, foi necessária uma introdução teórica antes de partir para a parte prática. “Elas conheceram sobre a história da bijuteria, do artesanato e das contas, além de aprenderem noções básicas sobre meio ambiente, de onde é retirada a matéria-prima para o nosso trabalho. É importante deixar claro que este tipo de artesanato é feito de maneira criteriosa, sem pensar em agredir a natureza”, comentou a professora do curso, Ruzolina Cavalcante Carvalho.

Para a dona-de-casa, Claudinéia Rodrigues de Araújo, de 29 anos, o treinamento é uma possibilidade de gerar renda no futuro. “Gosto de mexer com artesanato e, se tudo der certo, pretendo trabalhar com isso. Produzir peças para vender em outras cidades. Posso até repassar para alguma amiga revender”, comentou.

Outra participante do curso, Marlene Tavares de Souza, de 41 anos, faz questão de ampliar seus conhecimentos. “Já fiz curso de sabonete líquido, pintura, manicura. Estou sempre em busca de fazer algo. Desta vez, pretendo produzir bijuterias para vender”, disse.

A qualificação integra o projeto “Qualifica Mato Grosso”, desenvolvido em parceria com o Senai. O projeto irá beneficiar 46 municípios com um total de 32 cursos e 77 turmas, capacitando mais de 1,4 mil trabalhadores.

Os treinamentos realizados atendem às solicitações dos municípios, que através de seus Conselhos Municipais do Trabalho identificaram as necessidades e demandas locais.

Óleo base e criação de frangos são estudados como opção de renda para Baixada Cuiabana

DANIEL DINO
Redação/Secom-MT



Guilherme Filho/Secom-MT

Governador Blairo Maggi foi conhecer a granja de aves que está sendo implantada no Campo Experimental da Empaer, em Acorizal MT
O governador do Estado, Blairo Maggi, visitou nesta sexta-feira (25.04) a fazenda experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em Acorizal, onde dois projetos para oferecer opções de renda na Baixada Cuiabana estão sendo desenvolvidos. No primeiro, um aviário projetado para regiões com altitudes inferiores a 400 metros em relação ao nível do mar, onde a temperatura geralmente é maior. O outro, uma fábrica de óleo base voltado principalmente para a indústria farmacêutica.

Com capacidade para uma produção anual de 100 litros, a fábrica já está em funcionamento, utilizando como matéria-prima o eucalipto, menta, citorela e o nim. O nim é uma planta originada da Índia, trazida para o Brasil em 1992. Trata-se de uma árvore de crescimento rápido, que em poucos anos atinge mais de 10 metros de altura. O engenheiro agrônomo diretor de Pesquisa da Empaer, Antonimar Marinho, explica que o potencial da extração destes óleos é grande. Ele cita como exemplo que 100 mililitros do óleo de citorela é vendido entre R$ 12 e R$ 15.

“Já tivemos industrias cosméticas e farmacêuticas procurando este nosso produto. Outras plantas nativas do cerrado também estão sendo estudadas como fontes geradoras de renda, como o jatobá e o pau de óleo”, destaca Antonimar. A iniciativa desenvolvida pelo Governo faz parte do processo de verticalização da economia do Estado, agregando valor ao produtos mato-grossenses.

Para a criação de aves, o aviário possui capacidade de produção estimada em dez mil aves. O principal diferencial é o sistema de controle de temperatura. Todo informatizado, a temperatura é adaptada automaticamente levando em conta o ambiente e externo e as condições ideais para cada idade do frango. As primeiras aves devem ser abatidas nos dias 2 e 3 de junho, pesando entre 2,8 e 3 quilos.

MT 010 – A comitiva ainda visitou as obras de asfaltamento da rodovia que liga Acorizal (62 Km ao Norte da capital) a Rosário Oeste (128 Km ao Norte de Cuiabá). O secretário de Infra-estrutura do Estado, Vilceu Marcheti, confirmou que dez quilometros da via já estão concluídos. “Ainda restam 32 Km para serem pavimentados, vamos fazer metade deste percurso ainda este ano, ficando o restante para 2009”. Os prefeitos de ambas cidades acompanharam a comitiva.

Vereadora solicita rede de esgoto para bairro Renascer

Da Assessoria

A vereadora professora Enelinda Scala (PT) participou, hoje (25) de manhã, de reunião com o diretor técnico da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Édio Ferraz Ribeiro, o engenheiro Noé Rafael, o presidente da associação de moradores do bairro Renascer, Varley José Rubini, e o vice-presidente, José Carlos. Em pauta, a construção de rede de esgoto, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que não inclui aquela região.

Procurada pelos moradores, a professora se prontificou a intermediar as discussões. “Como há conflitos da comunidade com as empresas proprietárias daquela região e temos conhecimento da atual conjuntura política, é importantíssimo interceder em favor da comunidade”, afirma a parlamentar.

O diretor técnico deu a palavra de que as obras devem ser realizadas com recursos próprios da Sanecap. “Vamos cumprir um acordo firmado anteriormente entre a prefeitura de Cuiabá e o Ministério Público do Estado (MPE)”, afirma Édio Ribeiro. De acordo com ele, o processo licitatório já está em andamento na Sanecap e, após a publicação, o prazo para o início das obras é até o mês de julho.

O presidente do bairro afirma estar preocupado em legalizar a situação dos moradores antes da realização das obras. “O problema é que já nos adequamos, em 2004, ao primeiro Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Agora precisamos refazer algumas coisas e estamos ‘correndo atrás’ para resolver tudo a tempo do início da construção da rede de esgoto”, explica.

Curso capacita moradores da Regional Norte

Terminou sábado (26) o curso de “Agentes de Portaria”, promovido por meio de parceria entre os moradores do bairro Nova Conquista e as Secretarias de Trabalho, Desenvolvimento e Turismo (SMTDET) e Esporte e Cidadania (Smec). A capacitação está sendo promovida no Centro Comunitário do bairro, na Regional Norte de Cuiabá. Ao todo, 35 pessoas da região estão participando do curso.

O morador do Bairro Ouro Fino, Paulo Henrique Cintra, está satisfeito com a parceria. "Esta é uma forma de adquirir mais conhecimento e oportunidade de conseguir um emprego", disse. Para ele, um dos pontos marcantes foi a palestra sobre Relação Pessoal, que ocorreu durante a semana, onde foram repassadas técnicas de atendimento ao cliente.

Polícia Militar apreende uma arma de fogo a cada 15 horas

Redação 24HorasNews


Já chega a 171 o número de armas de fogo apreendidas desde o mês de janeiro pela Polícia Militar nas duas maiores cidades mato-grossense, Cuiabá e Várzea Grande. Na prática, a tradução dos números, revela que em média, a cada 15 horas uma arma ilegal foi apreendida. Desse montante, 86 foram retiradas das vias públicas, o que demonstra a eficácia das abordagens e revistas. As demais apreensões foram realizadas em residências, em estabelecimentos comerciais (bares, boates) e até em uma escola da capital.

A estatística da Polícia Militar revela ainda que no ano passado foram quase 850 apreensões nas duas cidades. Somando o número dos oito Comandos Regionais (Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra e Juína), o número de apreensões chegou a 2,2 mil.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho, informa que as abordagens em vias públicas são fundamentais porque possibilitam a localização de armamento e drogas em poder de criminosos. Durante o final de semana a Polícia Militar tem intensificado as ações de policiamento para coibir ações criminosas.

Restrição - O Estatuto do Desarmamento, aprovado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, restringiu a posse e o porte de armas. O porte é permitido aos policiais, militares, responsáveis por segurança e casos funcionais específicos previstos em lei. A munição comercializada no país deverá estar embalada com sistema de código de barras para identificar o fabricante. Também são vedadas a fabricação, importação e venda de armas de brinquedo, réplicas que possam ser confundidas com armas de fogo existentes no mercado.

A estimativa, segundo relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou o tráfico de armas no país, é de que existam mais de 17 milhões de armas de fogo no Brasil. Pelo menos 90% delas em mãos de civis.

11 fetos são descartados em "lixão" em Várzea Grande

Os onze fetos encontrados por volta de 8h00 de domingo em um aterro sanitário de Várzea Grande foram colocados junto ao material de descarte administrativo por uma servidora do Pronto Socorro Municipal da cidade. Foi o que apurou a Comissão de Sindicância criada pela direção do hospital. Há suspeita de sabotagem à administração do município e ao pronto socorro.

Comunicado de que uma catadora de lixo havia encontrado pela manhã vários fetos humanos na área de depósito de lixo de Várzea Grande, o prefeito Murilo Domingos determinou apuração criteriosa e imediata ao superintendente da Fundação de Saúde do município e secretário de Saúde, Reinaldo Della Pasqua. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Desde as primeiras horas da manhã de domingo o secretário de Saúde, Reinaldo Della Pasqua, o administrador do hospital, João Santana Botelho, e o secretário de Comunicação do município, Jeverson Missias, trataram de percorrer as redações dos jornais e tvs, no sentido de dar informações sobre todos os procedimentos adotados pelo Pronto Socorro no que tange ao descarte de "materiais ligados ao ser humano". Ao mesmo tempo, a Comissão de Sindicância instalada passou a levantar a rotina vivida pelo hospital no sábado (26). O secretário de Serviços Públicos do município, Benedito Pinto, convocou servidores responsáveis pelas rotas de coleta de lixo, descobrindo que o lixo hospitalar (acondicionado em setor específico) não havia sido coletado no dia anterior. Portanto a suspeita é que os fetos foram colocados propositalmente em um local com o lixo domiciliar. Não estavam em sacos brancos identificados como de material hospitalar – como é norma do hospital que inclusive tem controle destas embalagens. Questiona se ainda, o fato de material administrativo (solicitação de exames com nomes e assinaturas de médicos) fazerem parte dos descartes.

Por volta de 15h00, a comissão já havia chegado ao nome da suposta pessoa, que contrariando todos os procedimentos adotas pelo hospital, haveria feito a tal "limpeza" em uma sala próxima ao centro cirurgico.

Diante das informações, Della Pasqua requereu que se ouvisse servidores da limpeza, quando foi relatado o fato envolvendo uma servidora da área de enfermagem. Ela teria feito "uma limpeza" na sala onde estavam os fetos, que são mantidos em formalina pelo tempo que for necessário. A Comissão de Sindicância se reuniu no início da noite no Pronto Socorro para tomar depoimentos, inclusive da pessoa apontada. Ela assumiu alegando erro. O material contudo não foi prejudicado e está no Instituto Médico Legal de Cuiabá. Os fetos, num total de onze (as demais embalagens em tamanhos pequenos contém materiais humanos descartáveis).

O relatório final será encaminhado ao delegado de Polícia responsável pela investigação, que irá intima-la nesta segunda-feira (28).

Estranheza – O que teria levado uma servidora do pronto socorro do município a colocar em sacos de lixo comum (pretos), fetos e materiais coletados para exames? O questionamento tem sido feito por várias pessoas ligadas à administração e se levanta a suspeita de que o fato pode ter alguma conotação política.
Conhecedora dos procedimentos e rotinas hospitalares, a pessoa apontada como responsável pelo descarte dos 11 fetos está há quase duas décadas lotada como servidora pública municipal. Contudo, sua função junto ao hospital não era de serviço de limpeza ou muito menos deliberação sobre o que fazer nesta área.

Para o secretário de Comunicação do município, Jeverson Missias, "há de se investigar a extensão e o grau de conotação política que possa estar envolvendo o fato". Ele avalia que a atual administração mais tem sido bombardeada por acusações que conseguido espaço para mostrar o que tem sido feito de bom.

"Até que se prove em contrário, vamos investigar de onde partiu a ordem para a servidora fazer a tal limpeza e se era para se chegar a tanto" – frisa Missias.

sábado, 26 de abril de 2008

Advogado do Diabo


REFLEXÕES POPULARES.

O povo brasileiro acompanha há mais de quatro semanas o desenrolar das conseqüências provocadas por um crime brutal, o qual deixou chocado até mesmo, pessoas mais desprovidas de sensibilidade humana.

O limite entre o possível e o imaginário serviu de palco para as controvérsias que se instalaram em âmbito nacional alusivo a tal fato. Apenas a motivação para a causa do hediondo crime não compareceu em qualquer debate travado nas mais variadas oportunidades.

Continuamos todos nós, a polícia e famílias brasileiras, ainda querendo descobrir o responsável pelo ato truculento perpetrado contra uma criança absolutamente indefesa. Esperamos que esse momento esteja próximo e a punição pelo crime seja aplicada de acordo com a rigorosidade capitulada em nosso Código Penal Brasileiro.

Entretanto, em meio a toda clareza decorrente das investigações concluídas, relacionadas ao crime, vemos a figura do advogado de defesa, desesperadamente, trabalhando para negar o óbvio, fundamentado no direito constitucional, de que ninguém é obrigado a constituir prova contra si mesmo.

Busca-se assim, em última hipótese, inocentar o culpado, respaldado talvez pelo instituto do in dúbio pró réu, espalhando dúvida onde só há verdade, dificultando o normal andamento do inquérito policial e negando sempre com veemência a veracidade dos fatos. Eis alguns dos requisitos da estratégia de defesa.

È claro que o devido processo legal, cláusula pétrea da Constituição Brasileira deva ser considerado, contudo, causa-nos espanto deixar que fato tão sobejamente esclarecido por autoridades no assunto, tome conta do noticiário nacional, ensejando assim, o surgimento da figura da dúvida no julgamento do magistrado e da consciência coletiva, isso, no caso do crime ser levado à júri popular.

Apesar da defesa já de primeira mão conhecer a motivação do crime, como também de seus autores, não pode abrir mão do sigilo profissional que deve o operador do direito resguardar em favor de seu cliente, fato que o leva a insistir na tese de presunção de inocência, mesmo daqueles oficialmente indiciados.

Esse é o lado cruel da profissão, momento em que o causídico deverá optar pela defesa do cliente criminoso, fazendo assim, às vezes do advogado do diabo.
Cuiabá-MT, 23 de abril de 2008.




João Lira é Bel. em Direito e ex-presidente da FEMAB (Federação Matogrossense das Associações de Moradores de Bairros). E-mail joaolira5@yahoo.com.br

Lideranças comunitárias debatem a integração com as polícias

Da Redação


A integração entre a comunidade e as polícias foi discutida na noite de quinta-feira (24.04) no Encontro de Líderes Comunitários em Várzea Grande, organizado pela União Várzea-grandense de Bairros (Univab). O secretário do Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, afirmou que esta integração tem como objetivo encontrar as soluções para a Segurança. Curado destacou quer o trabalho já realizado nas Bases Comunitárias é “edificado por em cinco pilares: Policia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, Politec e Comunidade”.

O secretário reforçou que, além de oferecer segurança aos moradores, a Base Comunitária quer a participação da população nas ações sociais, que visam principalmente o atendimento aos jovens. Diógenes Curado destacou os resultados de várias ações, como o projeto Rede Cidadã.

Lideranças - O presidente do bairro Parque do Lago, Juarez Leandro da Silva, destacou que as medidas adotadas pelo Governo na área de Segurança estão no caminho certo. A líder do São Matheus, Lindaura Aparecida Jordão, ressaltou que através do trabalho integrado com a polícia o bairro deixou de ser manchete dos jornais. O presidente da Univab, Matheus Magalhães, reforçou que a entidade, que hoje integra 143 associações de bairro, vai colaborar com a Sejusp nas ações de segurança.

Prefeitos - O prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, ressaltou as ações desenvolvidas pelo governo Blairo Maggi na área de Segurança. Entre elas, o aumento no número de viaturas e os serviços desenvolvidos pelas policias Militar, Civil e Bombeiros que atuam no município.

“Atualmente, o trabalho da segurança está enfocado na prevenção e não na repressão. A participação da comunidade é fundamental”, disse o prefeito de Livramento, Carlos Roberto da Costa. O prefeito de Poconé, Clóvis Martins, reforçou que a iniciativa de ouvir a comunidade é também uma forma de reduzir a violência, já que a sociedade conhece os principais problemas enfrentados.

Integração - O delegado regional de Várzea Grande, Antônio Carlos Garcia, destacou a importância das informações repassadas pela comunidade. Segundo ele, a polícia civil conseguiu elucidar dois casos, que tiveram como vítimas taxistas, com a ajuda de moradores. O comandante geral da Polícia Militar, coronel Campos Filho, informou aos representantes dos taxistas que participaram do evento, que a Polícia Militar vai realizar nos próximos dias um curso de capacitação para os taxistas da grande Cuiabá. De acordo com o comandante, o curso irá contribuir para reforçar a segurança dos profissionais.

Doação de alimentos beneficia 167 famílias do Jardim Vitória

Da Redação

Em virtude da realização do show do Ministério de Louvor "Diante do Trono", a Prefeitura de Cuiabá arrecadou 21 toneladas de mantimentos não perecíveis. Como forma de agradecimento ao apoio que a rede de Supermercados Modelo prestou à prefeitura, por ter disponibilizado suas lojas como “ponto de troca” de ingressos para o show, a organização do evento cedeu ao grupo os alimentos arrecadados na unidade Prainha para o Programa Modelo Responsável.

Dentre os diversos projetos que a empresa presta auxílio, o escolhido da vez para receber os alimentos foi o Instituto Cultural Flauta Mágica. A entrega aconteceu nesta quinta-feira (24.04), na sede da entidade, no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. A responsável pela entrega foi a coordenadora do Programa Modelo Responsável, Marli Saladini, que contou com o apoio da equipe de voluntariado do Programa Interno Mão-na-Massa da rede Modelo para entregar os alimentos. No total, foram beneficiadas 167 famílias do bairro.

De acordo com o analista de Novos Projetos de Marketing do Modelo, José Augusto, o Flauta Mágica foi escolhido por ser o projeto dentro do Programa Modelo Responsável que a rede prestou assistência na reforma da sede e em sua manutenção. Porém, as crianças que freqüentam o projeto pertencem, em sua maioria, a famílias carentes. Dessa forma, o Modelo resolveu dar outro tipo de ajuda a elas. “Pode-se dizer que é uma ajuda mais direta no dia-a-dia deles e seus familiares”, pontua.

Os demais alimentos foram doados no dia 17 de abril pela Prefeitura de Cuiabá, juntamente com o Conselho de Ministros Evangélicos de Mato Grosso (Comec), aos segmentos evangélico, católico e espírita. Cada um recebeu cerca de sete toneladas de mantimentos. Segundo a representante da Associação Espírita Wantuil de Freitas, Cerci Medeiros, eles contemplarão cerca de 24 creches com os mantimentos que receberam. Já o Colégio Salesiano São Gonçalo reverterá os alimentos para o projeto social da entidade com as tribos indígenas.

O show do Ministério de Louvor "Diante do Trono" aconteceu no Estádio Verdão, no dia 05 de abril, em comemoração aos 289 anos da Capital mato-grossense, celebrado no dia 8 do mesmo mês. Para participar do show bastava trocar 1kg de alimento não perecível pelo ingresso, e assim, além de participar do espetáculo, a população contribuiu com creches e escolas da Capital.

Esgoto a céu aberto é comum na região do Jardim Vitória

na Rua 23, do bairro Jardim Vitória, em frente à residência da dona-de-casa Maria Helena Cardoso, 43, que há 16 anos aguarda melhorias na região. Ela explica que a fossa da casa dela nos dias de chuva transborda levando os resíduos (fezes e urina) diretamente para a via pública. "Minhas crianças já tiveram muita doença ruim, diarréia, vômito, nunca soube se foi hepatite, mas não dá para ter saúde assim".

A vizinha dela, Cleosmar Mesquita, 40, afirma o mesmo, a expectativa para a vinda do saneamento básica alimenta os sonhos de viver bem. "Ninguém gosta de morar nessa sujeira, é nojento, nem tem como plantar alguma coisa no quintal, dá nojo de comer, porque vamos estar comendo coisa suja".

A maioria das ruas da localidade não contam com asfalto e rede de esgoto, inclusive uma delas está em frente ao Programa Saúde da Família, que a todo custo tenta prevenir doenças, como a hepatite A. "É engraçado ter que investir em infra-estrutura para ter resultados eficazes na saúde, mas é assim que funciona, a mentalidade do gestor público hoje deve ser essa, porque realmente é mais barato", diz o médico do PSF, José Cabral.

Sintomas - Durante o período de incubação, que leva em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus.

Uma minoria apresenta os sintomas clássicos da infecção: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômitos. Depois de alguns dias, pode aparecer icterícia, as fezes ficam amarelo-esbranquiçadas e a urina escurece adquirindo tonalidade bastante escura. (RD)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Zoneamento Ecológico foi um ''parto demorado'', afirma Riva.





O deputado José Riva (PP) disse que a proposta de Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico, entregue na manhã de ontem à Assembléia Legislativa pelo governador Blairo Maggi e o secretário de Planejamento Yenes Magalhães, foi "uma gestação longa e um parto demorado e eu espero sinceramente que o produto desse parto seja bom para Mato Grosso".

O parlamentar progressista disse que, a partir de agora, os deputados vão se debruçar sobre essa proposta e promover várias audiências públicas em todo o Estado para debater junto com a sociedade e os setores representativos dos segmentos econômicos todos os pontos polêmicos.

"Antes de vir para esta reunião, recebi em meu gabinete diversos telefonemas de representantes de Querência, São José do Rio Claro e Alta Floresta, nos cobrando uma agenda dentro da pauta de audiências públicas que serão realizadas no interior para possibilitar a participação do maior número de pessoas possível nessas discussões".


Riva não tem dúvida de que muitos pontos do Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico proposto pelo governo e que, segundo o próprio governador Blairo Maggi é um documento que traz uma radiografia, um diagnóstico, que ordena, desde a ocupação do solo, identificando suas áreas de preservação, até as vocações econômicas de cada uma dessas regiões, vão gerar polêmica e debates acirrados, provocando mudanças na proposta original.

"Eu recebi a proposta já há alguns dias e passei a semana anterior estudando essa proposta e cheguei a conclusão de que ela pode ser aperfeiçoada, uma vez que nós não podemos colocar o Zoneamento como a grande solução para os problemas ambientais de Mato Grosso. É uma possibilidade de estabelecermos um critério das ações através dessa proposta, mas ela, por si só, não vai resolver os problemas", pontuou o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa.

De acordo com o governador Blairo Maggi o ZSEE foi validado por 47 entidades representativas, incluindo as do setor produtivo e as organizações não governamentais de defesa do Meio Ambiente.

"É um projeto que foi elaborado antes deste governo e deve servir como orientação para o ordenamento territorial do Estado. Quero dizer aos deputados que Mato Grosso precisa desse zoneamento o mais rápido possível, porque infelizmente o Estado tem sido visto com muito preconceito. Eu espero que a proposta consiga envolver toda a sociedade mato-grossense e que possa ser aprimorado e enriquecido com sua participação nas audiências públicas. Vai ser difícil porque as opiniões são muito diferentes, por isso, deve ser um processo de discussão muito rico. Mas precisamos de celeridade", afirmou.

ALL e Ministério assinam aditivo que fixa prazo para a Ferronorte





A América Latina Logística (ALL) e o Minístério dos Transportes assinam, na próxima terça-feira, em Brasília, um aditivo contratual que fixa prazos e estabelece responsabilidades para a construção do trecho da Ferronorte entre os municípios de Alto Araguaia e Rondonópolis, tramo considerado fundamental para o escoamento da crescente safra agrícola mato-grossense.

A informação é do vereador Francisco Vuolo (PR), que preside o Fórum Pró-Ferrovia de Cuiabá, e que, a exemplo de seu pai, o ex-senador Vicente Vuolo (já falecido), defende com veemência ímpar a passagem da ferronorte pela capital mato-grossense.

"O aditivo é muito importante porque vai garantir metas e prazos para este segundo trecho em Mato Grosso, que é um passo vital para que possamos garantir, de uma vez por todas, que a ferronorte vai passar por Cuiabá", disse Vuolo, para o Olhar Direto.

O aditivo será assinado pelo ministro Alfredo Nascimento (Transporte) e pelo presidente da América Latina Logística. Bernardo Reis, segundo informou a assessoria parlamentar de Francisco Vuolo, às 15h.

O termo aditivo de contrato garantirá a retomada das obras de implantação dos trilhos da Ferrovia Vicente Vuolo em Mato Grosso e o prolongamento da estrada de ferro até a capital mato-grossense já com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do traçado.

No aditivo serão definidos prazos para que a empresa - maior operadora logística com base ferroviária da América Latina – conclua as obras no trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis, numa extensão de 220 quilômetros. A previsão é de que essas obras terminem em 2010, de acordo com cronograma do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pela ministra Dilma Roussef (Casa Civil).

Segundo o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, vereador Francisco Vuolo (PR), a assinatura do termo aditivo com a ALL, na prática, obriga a empresa a cumprir prazos quanto à retomada das obras no Sul de Mato Grosso. Uma segunda etapa desse processo, segundo ele, é a assinatura de um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – em data a ser definida -, para a liberação de R$ 650 milhões. Os recursos financeiros garantirão a retomada das obras, a partir da realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

Em Brasília, Vuolo e demais membros do Fórum, com o apoio do deputado federal Wellington Fagundes (PR), vão aproveitar o encontro com o ministro Alfredo Nascimento para reafirmar o pedido de intervenção do Governo Federal para que a empresa concessionária defina, em caráter de urgência, o estudo de impacto ambiental e o traçado da ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá. Esse pleito já foi formulado ao ministro e ao diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, no começo do ano.

No dia 22 de janeiro, em ofício ao Ministério dos Transportes e ao DNIT, o Fórum Pró-Ferrovia assinalou que diferentes segmentos da sociedade cuiabana e mato-grossense aguardam, desde 1999, uma definição do Governo Federal sobre a questão. “Diante do silêncio da concessionária [a América Latina Logística] e tendo em vista a nova fase da política econômica do Governo Federal – que, por meio do PAC, estabelece uma intensa programação de investimentos em infra-estrutura logística para a ferrovia no país-, urge uma definição técnica e política que possibilite vislumbrar a continuidade do processo de crescimento econômico da Baixada Cuiabana”, diz o comunicado.

No mesmo documento, o Fórum lembrou, também, que a Baixada Cuiabana, além de concentrar o maior núcleo urbano do Centro-Oeste, envolvendo cerca de 40% da população mato-grossense e de 42% de toda a produção estadual, é o maior pólo de consumo, produção e distribuição de Mato Grosso; concentra as principais faculdades e universidades; tem as principais indústrias e outros empreendimentos que representam 80% do setor no Estado; conta com um complexo de infra-estrutura que abriga a Usina de Manso, o Gasoduto Bolívia-Cuiabá e um aeroporto internacional; e o maior entroncamento rodoviário (BR-070, BR-163 e BR-364).

Além do mais, a Grande Cuiabá conta, ainda, com o maior centro de convergência de cargas do Estado, além da Estação Aduaneira do Distrito Industrial, já instalada e em pleno funcionamento. “Essa infra-estrutura, associada à alternativa de escoamento mais barata pela ferrovia, garante a implantação de uma política para suprir os 45% de área agricultável na Baixada Cuiabana, principalmente, para a área de hortifrutigranjeiros, atendendo à demanda do mercado consumidor, além de viabilizar alternativa para o mercado externo”, observou Francisco Vuolo.

O Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá é composto por representantes de várias entidades, como as Federações das Indústrias (Fiemet) e do Comércio (Fecomércio), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja).

quinta-feira, 24 de abril de 2008

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA




Movimento comunitário engajado na luta da Assembléia por regularização fundiária





De cada 100 lotes urbanos de Cuiabá, menos de 60 têm documentação legalizada. O problema se agrava porque, na esteira da ausência da regularização fundiária, estão, também, a carência de infra-estrutura básica e atendimento social.

É para enfrentar esse problema que a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) defende, há décadas, que as autoridades do Estado e da Capital, façam um mutirão para regularização de dezenas de bairros da Cidade Verde.

Desta forma, a Ucamb classifica como oportuno e de suma importância o seminário a ser realizado pela Assembléia Legislativa, em parceria com as organizações sociais, para discutir métodos de efetivar regularização fundiária da área urbana de Cuiabá.

"Para resolver a questão da propriedade de lotes urbanos, já que boa parte é oriunda de invasões, o movimento comunitário não vê outra situação, senão a busca de mapeamento das áreas existentes para o poder público busar buscar meios de sanar a deficiência", argumenta Édio Martins de Souza, presidente da Ucamb.

O deputado José Riva (PP), primeiro secretário da Assembléia, conversou com Édio Martins sobre a participação de presidentes de associações bairros, que buscam titulação e outros benefícios. "É importante a participação de poderes do Estado e de representes do governo federal", reconhece Martins de Souza, no diálogo com Riva.

Dezenas de milhares de lotes de áreas particulares e de propriedade do Estado, nos últimos 30 anos, foram alvo de invasores. "Agora, as famílias instaladas em lotes há décadas, clamam pela regularização", observa Édio Martins, ao citar os casos dos bairros Ribeirão da Ponte, com quase 100 anos, e Campo Verde da Esperança, com 38, ambos ainda sem titulação definitiva de posse da terra.

Outro agravante está no fato de que quase 95% das áreas verdes, hoje, estão ocupadas por habitações há anos. "Para que isso seja resolvido é necessário que o município se preocupe com estas áreas verdes e governo do Estado resolva esse passivo ambiental", resume Edio Martins.

Sérgio Ricardo indica obras para bairros de Cuiabá








MÁRCIA MARTINS
Secretaria de Comunicação

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), indicou ao Governo do Estado a necessidade de viabilização de recursos para pavimentação asfáltica e rede de esgoto da Avenida Bom Jesus de Cuiabá, localizada no bairro Jardim Santa Marta, na Capital. O parlamentar destacou que a iniciativa irá promover melhores condições de vida entre os moradores da região. “Eles reclamam que a falta de infra-estrutura na rua vem causando diversos problemas. Na época das chuvas há impedimentos no transporte. Durante a seca, ocorre o agravamento do estado de saúde das pessoas por causa do excesso de poeira”, argumentou Sérgio Ricardo, ao advertir que as crianças são as mais prejudicadas com a situação.
Na indicação, o parlamentar salientou que o sistema de drenagem de águas pluviais é essencial para prevenir inundações, principalmente nas áreas mais baixas do bairro, na maioria das vezes sujeitas ao alagamento.

“Por meio desta propositura, eu pretendo levar mais segurança e conforto aos moradores do bairro”, explicou ao avaliar que a aprovação irá valorizar, de uma forma geral, as propriedades lá existentes.

Com aproximadamente 2.500 habitantes, o Jardim Santa Marta foi criado no final na década de 70 e está localizado ao lado da avenida Miguel Sutil, próximo ao Parque Mãe Bonifácia.

RUA PROJETADA
O deputado Sérgio Ricardo (PR) indicou ainda a pavimentação asfáltica da rua Projetada, no bairro Jardim Leblon, em Cuiabá.

De acordo com o parlamentar, a aprovação da propositura irá trazer diversos benefícios para os moradores da região. “Os residentes reclamam que a falta de pavimentação causa maiores problemas em períodos de seca. Nessa época há aumento da poeira que afeta a saúde das pessoas e causa constante sujeira no comércio local”, justificou.

A rua projetada se localiza paralela a avenida Miguel Sutil, no conhecido “paredão artístico”. Atualmente mais de 4 mil famílias habitam na região, aproximadamente 12 mil pessoas.

Mais informações:
Secretaria de Comunicação
3901-6310/ 6283

MPE acusa prefeito de gastar verba para se promover no “Fantástico”



Carlos Eduardo Lemos
Redação 24 Horas News


Mais um problema para o prefeito Wilson Santos. Candidato a reeleição, o chefe do Executivo ganhou nesta quarta-feira uma nova representação eleitoral, movida pelo Ministério Público. Ele é acusado de usar verba de publicidade da Prefeitura para se promover. A peça, desta vez, é um vídeo de pouco mais de 3 minutos apresentado no dia 13 de abril, no intervalo do programa “Fantástico”, da TV Globo. O vídeo enaltecia e destacava os projetos e realizações do prefeito junto à administração pública, segundo a representação. Se condenado, o prefeito poderá pagar multa e ainda ter que devolver o dinheiro usado na veiculação da peça publicitária aos cofres públicos.

O vídeo com a propaganda do prefeito vem sendo retransmitido sempre na intermitência de programas de grande audiência da Rede Globo de Televisão, por sua afiliada local, em horário privilegiado, como no intervalo do Jornal Nacional e em rádios de grande prestígio e audiência em Cuiabá. Para a promotora Lindinalva Rodrigues Corrêa, não há dúvidas de que o prefeito está praticamente propaganda eleitoral extemporânea. Santos foi acusado recentemente de manter um sítio na Internet com propaganda eleitoral.

“Infelizmente, em nosso Município, constatam-se a excessiva e constante utilização de propaganda eleitoral antecipada executada por alguns pré-candidatos, passíveis de concorrer às eleições municipais de 2008” – disse a promotora, referindo-se diretamente ao prefeito de Cuiabá.

Para a promotora, o vídeo, ao mesmo tempo em que promove a possível candidatura à reeleição do requerido, também divulga seus programas de Governo e realizações, para conquistar a simpatia dos telespectadores/eleitores - o que, a toda vista, se mostra suficiente para comprometer a igualdade e lisura da disputa eleitoral. Segundo ela, essa situação caracteriza a prática de abuso do poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e propaganda extemporânea indevida.

A par do impulso publicitário, o Ministério Público considera que o prefeito “realizou e ainda realiza propaganda extemporânea, pagas com dinheiro público, ferindo de morte o princípio da isonomia regente do processo eleitoral, inviabilizando a igualdade substantiva de oportunidades”. No entendimento do órgão, “a simples veiculação do reclame apelativo de seus feitos como gestor público em ano de eleições municipais, por si só, configura propaganda eleitoral extemporânea”.

“O que se constata ao observar a mencionada publicidade paga é a prática pelo representado de propaganda extemporânea expressa, capaz de macular a igualdade que deve existir entre os possíveis candidatos, com o agravante de ser custeada com dinheiro público.

Na representação, o MPE pede a Justiça Eleitoral que proíba o prefeito de continuar veiculando a propaganda na televisão e nas emissoras de rádio. Pede ainda a requisição dos contratos de publicidade efetivados pelo Executivo com a TV Centro América e Rádio Cuiabana-FM.


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quarta-feira, 23 de abril de 2008

sergio Ricardo recebe representantes das 1ªs Damas municipais Visita fez parte do movimento “Pró-Primeiras Damas.





FERNANDO LEAL
Secretaria de Comunicação

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), recebeu a Diretoria Executiva da Associação das Primeiras Damas dos Municípios de Mato Grosso como parte do movimento “Pró-Primeiras Damas”. A mobilização foi iniciada pela entidade em benefício da permanência delas à frente das Secretarias Municipais de Assistência Social em oposição a itens do projeto contra o nepotismo que tramita na Casa.
O projeto, de autoria do deputado Percival Muniz, proíbe a contratação ou nomeação de parentes, cônjuges e companheiros de membros ou titulares de Poder, do Ministério Público, da Defensoria Pública, Tribunal de Contas, de dirigentes superiores de órgãos, de fundação, autarquia ou empresa, para cargos em comissão de direção e assessoramento no âmbito do Estado de Mato Grosso. Fica excluído apenas da matéria, o Legislativo municipal.

Em ofício assinado por sua presidente, Deusa de Fátima do Prado Marques – 1ª Dama de Denise (208 km de Cuiabá, a sudoeste do estado) – entregue ao presidente da AL, a APDM/MT considera o “relevante, eficiente e eficaz” o serviço que as primeiras-damas desempenham nos cargos de confiança e de direção que ocupam na administração pública.

“Não há qualquer imoralidade ou ilegalidade no fato de uma pessoa de confiança do prefeito administrar uma secretaria municipal. Historicamente, as primeiras-damas vêm exercendo funções de grande importância – normalmente à frente da Secretaria de Assistência Social, nas administrações públicas – nas três esferas de governo”, afirma Deusa Marques.

Segundo a presidente, essa postura representa um ganho para a municipalidade, para o gestor público e, conseqüentemente, para a coletividade uma vez que as primeiras-damas trabalham buscando garantir o que estabelece a Política Nacional de Assistência Social.

“Não há que se falar em nepotismo quando não existe a figura da ‘funcionária-fantasma’, tampouco abuso na nomeação de familiares dos agentes políticos, razão pela qual o governante – ao fazer uso de seu poder discricionário – deve trazer para a administração pessoas que tenham capacidade e que sejam de sua confiança – no caso, a primeira-dama”, diz o ofício.

Para Sérgio Ricardo, as primeiras-damas mostraram a grande importância que têm na administração municipal pelo papel que desempenham. Ele argumentou que a discussão sobre o projeto contra o nepotismo tem várias vertentes. “Ele pode receber emendas, ser mais estudado e até a valer para as próximas administrações. Também, as discussões podem evoluir a ponto de excluir as 1ªs Damas ou de elas permanecerem no cargo sem remuneração. São muitas vertentes e vamos estudar e discuti-las com os demais parlamentares”, prometeu o presidente da Assembléia.

Projeto - O Artigo 1º do projeto prevê: "É vedada na Administração Direta, Indireta, nas empresas, Autarquias e Fundações dos Poderes do Estado de Mato Grosso, do Ministério Público, Defensoria Pública e do Tribunal de Contas, a pratica do nepotismo, que consiste na nomeação para cargos em comissão, designação para o exercício de funções de confiança ou contratação, sob qualquer regime, de cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau:

I - no Poder Executivo:

a) de Governador e Vice-Governador;

b) de Secretário de Estado; c) de presidente, ou equivalente, de empresa pública ou sociedade de economia mista sob controle do Estado;

d) de presidente, ou equivalente, de autarquia ou fundação;

II - no Poder Judiciário:

a) de Desembargador e Juiz de Direito;

b) de presidente, ou equivalente, de autarquia ou fundação;

III - no Ministério Público, de Procurador de Justiça e Promotor de Justiça;

IV - na Defensoria Pública, de Defensor Público;

V - no Poder Legislativo, de Deputado Estadual;

VI - nos Tribunais de Contas, de Conselheiro.

Mais Informações
Secretaria de Comunicação
Telefones: 3901-6310 e 3901-6283

sábado, 19 de abril de 2008

Movimento comunitário decreta luto de três dias por morte de Clóves Vettorato


Por considerá-lo um dos principais articuladores das políticas públicas do governo Blairo Maggi, o secretário de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato, morto na noite desta sexta-feira, vítima de câncer, o movimento comunitário de Cuiabá está de luto por três dias. Os presidentes da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Édio martins de Souza, e da União Coxipoense (Ucam), Valmir Cardoso Oliveira, decretaram moção de pesar e luto oficial de três dias pelo falecimento de Vettorato.

“É uma perda irreparável para o segmento produtivo e, por extensão, ao desenvolvimento de Mato Grosso”, argumenta Édio Martins. “Era um homem de visão, afeito à pesquisa e à constante modernização de tecnologias para a produção”, observa Édio Martins.

Para Valmir Cardoso, para o agronegócio do Estado, a perda de Vettorato é quase comparável à do senador Jonas Pinheiro, ocorrida em março. Ele recorda que o secretário de Projetos Estratégicos, em quase um quarto de século, deu uma grande contribuição para que Mato Grosso chegasse, nos últimos anos, à condição de campeão nacional na produção de soja, cana-de-açúcar, carne e outros produtos. “Como Jonas Pinheiro, ele foi um dos pioneiros na pesquisa agropecuária”, recorda Valmir.
Até segunda-feira (21), as bandeiras do Brasil, de Mato Grosso e de Cuiabá, nas sedes de Ucamb e Ucam, estarão hasteadas a meio mastro, em sinal de luto.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Primeiras-damas revoltadas com ‘faceta dupla’ de Percival Muniz



“Quem sempre lutou por cargos para a própria mulher e, quando prefeito de Rondonópolis, nomeou-a como secretária, não tem autoridade moral para tentar excluir as mulheres de outros colegas da vida púbica”.

A reação indignada partiu da presidente da Associação das Primeiras Damas dos Municípios de Mato Grosso (APDM), economista Deusa de Fátima Prado Marques, de Denise, ao defender que as mulheres de prefeitos continuem tendo o direito de participar da administração pública, ao lado dos companheiros.


Quem defende uma ação quando está no poder Executivo e outra no Legislativo, para a presidente da APDM, possui uma dupla face de difícil entendimento para a população.


Deusa de Fátima Prado assegura ser contrária à prática do nepotismo, porém, favorável ao trabalho das mulheres ao lado dos maridos.

“Primeiro, tem que se definir o que é nepotismo: na minha avaliação, nepotismo é empregar um parente e pagar-lhe sem trabalhar ou, então, nomear uma pessoa sem capacidade para determinado cargo; fora isso, não passa de ‘jogo’ para opinião pública”, observa ela.


“A definição de nepotismo é muito vaga, na legislação”, pondera. “Quem tem capacidade, qualificação e eficiência, não pode fazer parte do staff? Será que é correto punir alguém pelo simples grau de parentesco?”, emenda Deusa Marques.


Em consulta à maioria das 133 primeiras-damas municipais, a presidente da entidade constatou que mais de 90% deseja trabalhar com os esposos, na Prefeitura Municipal. “Há uma revolta latente demonstrada pelas colegas”, argumenta ela.


“Será que o deputado Percival ainda pensa que estamos no início do século passado, quando a mulher era considerada útil apenas para ser ‘piloto de fogão’, sem espaço para atuar fora do ambiente familiar?”, questiona Deusa Marques.


Atualmente, quase 100 mulheres de prefeito são responsáveis direta ou indiretamente pela área social, nos municípios. “Elas fazer um papel extraordinário na administração municipal e, em muitos casos, sem qualquer remuneração”, pondera.


Segundo ela, a mulher tem sensibilidade para detectar problemas que, às vezes, o homem demora um pouco mais para reconhecer ou constatar.


Especialista em Gerência de Cidades, Deusa de Fátima Marques cita seu próprio exemplo, porque trabalha para a Prefeitura de Denise como secretária de Planejamento e Projetos.

Todavia, atua na área social como voluntária do marido Israel Antunes Marques. A construção de mais de 200 casas populares e 20 com bolsa de materiais (BMC) surgiram de sua participação no Conselho Municipal de Habitação.
No próximo dia 22, em reunião em Cuiabá, a APDM irá retomar o Movimento ‘Pró Primeiras Damas’, iniciado em agosto de 2007, para que “empregar esposa” não seja considerado nepotismo.


Além disso, a APDM irá protocolar ofício no gabinete do Presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo (PR), solicitando que seja apresentada uma emenda ao projeto de lei que supostamente acaba com o nepotismo, permitindo que os prefeitos e o governador de Mato Grosso tenham autorização para nomear até três parentes na administração pública.

Na tribuna, deputados criticam Percival Muniz por 'julgar e condenar' Terezinha Maggi


Na tribuna, deputados criticam Percival Muniz por 'julgar e condenar' Terezinha Maggi
A maioria dos parlamentares está revoltada com a tentativa do deputado Percival Muniz, líder do PPS na Assembléia Legislativa, de macular o trabalho da primeira-dama Terezinha Maggi, secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), ao acusar-lhe de manipular as bases populares. Apenas no grande expediente da sessão noturna de ontem, oito deputados estaduais se revezaram na tribuna do plenário para fazer a defesa de Terezinha e do movimento comunitário, principalmente a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) e a União Coxipoense (Ucam).



"O colega Percival deve ter cautela ao fazer uma acusação de tamanha gravidade contra dona Terezinha, porque, tenho certeza, trata-se de um equívoco de interpretação", argumenta o deputado Wagner Ramos, líder do PR na Assembléia. "Ele não pode julgar e condenar, antecipadamente, dona Terezinha, porque tenho absoluta certeza que nossa primeira-dama, que faz um grande trabalho na Setecs, nada tem a ver com a nota de repúdio contra Vossa Excelência", emenda Wagner.



Preocupado em evitar que novos ataques, o deputado Admir Brunetto (PT), líder do governo em exercício na Assembléia, argumenta que entidades como Ucamb e Ucam, com serviços prestados a Cuiabá e, por extensão, a Mato Grosso, merecem respeito e têm direito de se manifestar. "O deputado Percival tem de respeitar as instâncias e parar com essa estória de que tudo que acontece no Estado é culpa do governo", resume Brunetto.



Embora seja favorável ao fim do nepotismo, o deputado Alexandre César (PT) se colocou em defesa do trabalho social das primeiras-damas e das bases populares. "O movimento comunitário não é correia de transmissão. Sabemos da luta da maioria de seus líderes, sempre acompanhando e respeitando o trabalho das organizações populares", pondera ele. "O senhor, Percival, que foi prefeito, não poderia nunca atacar nem desqualificar o movimento comunitário", justifica Alexandre César.



Sem esconder um certo desalento, o deputado Sebastião Rezende (PR), defendeu o trabalho do movimento comunitário e cobrou responsabilidade antes de atacar Terezinha Maggi. "Sem dúvida, a nossa primeira-dama do Estado trabalha no marco pelo social e não manda neste ou naquele segmento organizado", reagiu Rezende.



Já o deputado Juarez Costa (PMDB) foi além. "Talvez, em pouco tempo, o colega Percival ocupe a mesma tribuna da Assembléia para se desculpar com dona Terezinha. Porque não é o emprego de secretária de Estado que lhe faz melhor ou pior, mas a vontade de trabalhar pelo social, o que faz muito bem", resume Juarez.



Defensor ferrenho do trabalho das primeiras-damas municipais, o deputado José Domingos Fraga (DEM) crê que Muniz se equivocou ao atacar os comunitários e dona Terezinha. "Ele tem de refletir e deixar que as mulheres acompanhem seus maridos [prefeitos e governadores], porque têm um feling muito mais aguçado que os homens para o trabalho social", avalia ele. Zé Domingos crê que a mulher tem mais sensibilidade que o homem para trabalhar por uma sociedade mais justa e solidária.



Zé Domingos pretende apresentar uma emenda ao projeto de Percival para que as mulheres possam continuar ao lado dos maridos, na administração pública, vedando a participação de outros parentes.



Os deputados Dilceu Dal Bosco (DEM), vice-presidente da Assembléia, e Chico Galindo, líder do PTB, também defenderam Terezinha e lamentaram que Percival Muniz tenha colocado a Setecs como 'articuladora' de reações populares.

Sanecap

Contratos do PAC são assinados pela Prefeitura de Cuiabá

17/04/2008 - 18:57

Flávio Garcia
Secretário - Adjunto - PMC


Foto:Walter Machado-PMC
“Agora é trabalhar, trabalhar e trabalhar”, afirmou o prefeito Wilson Santos, durante a solenidade de assinatura de contratos para o início das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Cuiabá, que ocorreu no final da tarde de hoje (17-04), no auditório do Memorial da Água Engenheiro José Luiz de Borges Garcia, na Estação de Tratamento de Água (ETA) da São Sebastião. São R$ 238 milhões para obras de saneamento básico: água e esgoto.


Apesar da demora para a assinatura dos contratos, o prefeito disse que Cuiabá é uma das 10 primeiras capitais do País que será beneficiada com os recursos do PAC. “São R$ 238 milhões licitados e investidos num pacote de obras que durará de três a quatro anos. Eu ainda quero tomar banho no Rio Cuiabá”, brincou. A expectativa do prefeito é acelerar o cronograma de trabalho junto aos cinco consórcios que venceram cinco lotes do PAC e as duas empresas que venceram outros dois lotes. Ao todo, 13 empresas vão atuar nas obras que prevêem a geração de três a cinco mil empregos na Capital.


Wilson Santos destacou a celeridade da Prefeitura na confecção dos projetos e também do Governo do Estado, via Sema, na aprovação dos projetos ambientais. O prefeito anunciou, inclusive, uma economia de R$ 10,3 milhões com a licitação das obras do PAC em Cuiabá.


“Não há dúvida de que este é o maior programa de saneamento ambiental da história do Brasil. O presidente Lula está conseguindo quebrar um tabu da política com o PAC ao investir dezenas de bilhões em saneamento.

Durante cinco séculos a cultura política sempre foi a de não se investir em obras que ficam embaixo da terra”, afirmou. Conforme o prefeito, de cada R$ 1 real investido em saneamento, economiza-se de R$ 4 a R$ 5 reais com a saúde curativa. “Além disso, vamos reduzir sensivelmente a mortalidade infantil”, completou.


Com as obras do PAC em Cuiabá, segundo o prefeito, será possível universalizar o abastecimento de água tratada junto à população cuiabana. Além disso, a atual administração, que assumiu a Prefeitura tratando 23% do esgoto coletado, vai elevar ainda este mês para 30% de tratamento, com a inauguração de um novo decantador na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Dom Aquino, e para 70% ao final das obras do Programa de Aceleração do Crescimento. “É uma vitória de Cuiabá, de todos os cuiabanos e mato-grossenses”, finalizou.


A solenidade de assinatura dos contratos do PAC teve a presença do deputado estadual Chico Galindo, dos secretários de Finanças, José Carlos Carvalho Souza, de Governo, Andelson Gil do Amaral, de Esporte e Cidadania, Pedro Shinohara, de Meio Ambiente, Osmário Daltro, de Habitação, João Vieira, de Comunicação, jornalista Maurélio Menezes, do presidente da Sanecap, José Antonio Rosa, da presidente do Ipdu, arquiteta Adriana Bussiki Santos, do ombudsman da Prefeitura, jornalista Eduardo Ricci, da representante da senadora Serys, Regina Borela, dos vereadores Lutero Ponce, Éden Capistrano, Dilemário Alencar e Enelinda Scala, além dos presidentes da Ucamb, Édio Martins e da Ucam, Valmir Cardoso e do representante do superintendente da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, José Carvalho.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Posição isolada de Percival Muniz exclui as primeiras-damas do Estado

O possível fechamento de espaço para as primeiras-damas na administração do Estado e dos municípios de Mato Grosso representa um "gigantesco retrocesso" no que tange à participação da mulher na vida pública e soa como medida eleitoreira e picuinha política. A reação indignada partiu de dirigentes do movimento comunitário da Baixada Cuiabana ao projeto do deputado Percival Muniz (PPS), aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia, que proíbe o gestor público de nomear parentes, inclusive a própria esposa, para cargos de confiança (em comissão).

O projeto de Percival Muniz é considerado uma ação isolada do parlamentar e não do Poder Legislativo, como um todo.

Para o presidente da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Édio Martins de Souza, Percival Muniz tenta ludibriar a bancada estadual, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados (OAB), solapando até mesmo o direito de ir e vir numa mesma família. Ele cita que as primeiras-damas de Mato Grosso se sentem excluídas e injustiçadas do processo de luta por qualidade de vida para as comunidades menos favorecidas pela sorte.

"Infelizmente, ao invés de discutir os grandes problemas do Estado, o deputado Percival Muniz fica tentando criar factóides", lamenta dona Jacinta Soares, uma das fundadoras da União Cuiabana dos Clubes de Mães.

O presidente da União Coxipoense de Associações de Moradores, Valmir Cardoso, afirma que, alguns políticos, "escondem" suas mulheres, não as levando para os palanques. "Não vamos aceitar que alguns políticos excluam as suas esposas do processo para, depois, usufruir de "menininhas" dos bairros, pousando, agora, de paladinos da moralidade", denuncia Valmir.

Já o presidente da União Varzeagrandense de Associações de Bairros (Univab), Matheus Magalhães, afirma que a prática de Percival é diferente de seu discurso. Ele lembra que sua mulher, a ex-deputada Ana Carla Muniz, foi secretária durante seu mandato de prefeito, em Rondonópolis (1998-2004). Além disso, Ana Carla foi presidente da Associação das Primeiras-Damas de Mato Grosso (APDM).

"Depois, Percival "bateu duro" para emplacar Ana Carla como titular da Secretaria de Estado de Educação, onde saiu por suspeição de uma série de possíveis irregularidades questionadas pelo Poder Legislativo", recorda Matheus. Ele cita, ainda, que, à época, o deputado José Riva (PP), primeiro secretário da Assembléia, chegou a articular a criação de uma CPI para investigar as denúncias que pesavam contra Ana Carla.

Especificamente sobre a Setecs, Édio Martins, Valmir Cardoso e Matheus Magalhães recordam que o trabalho de Terezinha Maggi à frente da pasta foi reconhecido em nível nacional com título, no RankigBrasil, o Livros dos Recordes do país, por realizar o maior Casamento Comunitário e com Maior Arrecadação de Alimentos – 2.907.293.29 quilos.

Percival Muniz responde a dezenas de processos nos tribunais federais e dois no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Apenas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por exemplo, são 30 ações, sendo por duas por perda de mandato e, cassado em decisão monocrática, uma está na pauta de julgamento do Pleno daquela Corte e a qualquer momento ele poderá perder o mandato.

Casa do comunitário traz solidez aos movimentos populares



Fortalecimento do movimento comunitário de Cuiabá e a garantia de um espaço digno para as discussões sobre alguns dos principais problemas da cidade tendem a ser a marca da ‘Casa do Comunitário’, sede da União Cuiabana de Associação de Moradores de Bairros (Ucamb), inaugurada pelo governador Blairo Maggi, no final da tarde desta terça-feira (15/04).



Após 27 anos de ávida espera, o sonho da sede própria da Ucamb se tornou realidade, assegurando espaço qualificado para continuidade dos trabalhos realizados pela entidade, como capacitação, orientação e suporte jurídico e contábil, para todos comunitários que procuram a entidade, além de promover eleições em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).



Contudo, também, aponta para novos horizontes. No evento, uma conquista de vital importância ao movimento comunitário foi anunciada por Maggi: a criação da Secretaria Adjunta de Ação Comunitária, vinculada à Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), que exercerá a função de ‘ponte’, possibilitando maior musculatura às organizações sociais e, de quebra, auxiliando o Governo de Mato Grosso a levar as políticas públicas até as comunidades que realmente necessitam.

“Em todas as ações sociais que realizamos, as Associações de Bairros estão presentes. O Governo não possui o exército de pessoas que precisamos, e vocês são nossos braços e mãos para realizar as melhorias na sociedade”, argumenta Maggi.

“Precisamos da ajuda e do apoio de vocês para continuarmos a fazer o bem para população cuiabana”, destaca o governador. O novo secretário será escolhido pelas bases populares, tendo total autonomia, não sofrendo interferência do Estado.



O presidente da Ucamb, Édio Martins, agradeceu a todos que fizeram e fazem parte da história de luta do movimento comunitário e, em especial, ao governador que proporcionou a concretização da sede própria, ao lado da secretária Terezinha Maggi, titular da Setecs e a primeira-dama, eleita a madrinha do movimento comunitário.



Édio Martins destacou que, em raras oportunidades, as organizações populares estiveram tão próximas efetivamente de um governo, e, principalmente, sendo ouvida e respeitada quanto aos anseios da população.

“Hoje somos recebidos pelos coronéis [da PM], pelos delegados, pelos secretários e, o que nunca aconteceu, está acontecendo, como o secretário de Fazenda, Éder Moraes, dar atenção ao movimento comunitário", avaliou.

Na ocasião, o presidente da Ucamb entregou ao chefe do Executivo estadual a carteira de sócio vitalício da entidade, explicando que a Maggi poderá sugerir questionar e votar. Todavia, brincou: “Só não pode ser votado, senão eu não agüento”.

Decano da luta democrática, o presidente União Coxiponense de Associação de Moradores (Ucam), Valmir Cardoso, chamou Maggi de ‘pai do movimento comunitário’, lembrando que durante seus 42 anos de luta nenhum governador fez mais pelo setor do que Blairo Maggi. “No começo, quando a gente reivindicava era tratado no pau, depois, não era reconhecido e precisou chegar o rei da soja para sermos tratado com dignidade”, ressaltou. (Juliene Leite e Ronaldo Pacheco)

domingo, 13 de abril de 2008

Governo do Estado entrega sede própria da Ucamb na terça-feira


MOVIMENTO COMUNITÁRIO

SÍLVIA DEVAUX
Redação/Secom-MT



Lenine Martins/Secom-MT

Inauguração da nova sede da UCAMB terá presença do governador Blairo Maggi
Após funcionar por 27 anos em espaços alugados, a União das Associações de Moradores de Bairros de Cuiabá (Ucamb) finalmente inaugura a sua sede própria. A casa construída com todas as adaptações necessárias, na região Centro Sul, será entregue nesta terça-feira (16.04), às 17h, pelo Governo do Estado. Cerca de R$ 185 mil foram investidos na construção da ‘Casa do Comunitário’.

O presidente da Ucamb, Édio Martins, diz que a sede própria realiza o mais antigo sonho dos associados. O imóvel conta com três salas administrativas, recepção, auditório para 120 pessoas sentadas e todo climatizado, laboratório de informática e banheiros. O prédio foi construído ainda com toda acessibilidade para os portadores de deficiências.

“A sede própria nos dá a oportunidade de planejar melhor os trabalhos de atuação da Ucamb, para atender a comunidade”, afirma Martins. Ele revela que com o laboratório de informática, a União poderá oferecer capacitação. “A princípio para as secretárias das Associações de Moradores, depois aos presidentes e abrir também o acesso à sociedade. Queremos oferecer os cursos em dois períodos”, completa.

O Governo do Estado já doou nove computadores à União. O laboratório deve funcionar com pelo menos 15 máquinas. A União firmou um convênio com o Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec-MT) para a cessão de instrutores para os cursos. A Casa do Comunitário irá descentralizar todas as atividades da Ucamb, até então realizadas em espaços distintos: reuniões, palestras, cursos e outros eventos agora com endereço fixo.

Segundo o presidente, com uma sede própria, a diretoria e os associados terão maior segurança para buscar as melhorias. Martins conta que uma das metas será a alteração estatutária da União, de organização da sociedade civil de interesse privado para uma de interesse público, Oscip. Martins destaca que dessa forma terão mais subsídios até para viabilizar recursos junto aos governos Estadual e Federal.

“A União de Rondonópolis, que já atua com sede própria há alguns anos, é um exemplo que queremos seguir. Eles implantaram uma padaria comunitária, projeto que esperamos realizar aqui também”, disse o presidente da Ucamb, adiantando que também pretende buscar parcerias da iniciativa privada para a oferta de diversos cursos de capacitação.

UCAMB

A Ucamb surgiu para fortalecer os movimentos em prol da Habitação. Com os investimentos do governo Blairo Maggi, conforme analisa o presidente da entidade, hoje as prioridades estão na continuidade dos trabalhos de capacitação, orientação e suporte jurídico e contábil, além das promoções das eleições em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). Atualmente, são 180 presidentes de Associações de Bairros filiados.

A União abrange a Região Norte, da Grande CPA; a Região Leste, do Grande Dom Aquino, e Região Oeste, do bairro Verdão ao Distrito da Guia. Cada região é composta de cinco pólos. A diretoria, os responsáveis pelo atendimento e funcionamento da sede, não é remunerada. “Em todos os conselhos municipais, a Ucamb tem um representante. A gente está lá defendendo a comunidade”, assegurou o presidente.

A sede própria está situada à Avenida 15 de Novembro, esquina com a rua Firmo Rodrigues, região do Porto em Cuiabá.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Governador inaugura sede própria da Ucamb nesta terça-feira 15/04/08


Governador inaugura sede própria da Ucamb nesta terça-feira
Aguardada por quase três décadas pelos movimentos populares da Baixada Cuiabana, a sede própria a União das Associações de Moradores de Bairros de Cuiabá (Ucamb) será inaugurada pelo governador Blairo Maggi, às 17h da próxima terça-feira (15/04/08), na rua Professor Firmino Rodrigues, esquina com a Avenida XV de Novembro, Centro Sul.

A inauguração, inicialmente marcada para o final da tarde desta segunda-feira (14/04), foi transferida para terça-feira, por motivo de viagem do governador.


O Centro Comunitário Central de Cuiabá será cedido pelo governo de Mato Grosso, por determinação de Blairo Maggi, para ser sede própria da Ucamb.


O presidente da Ucamb, Édio Martins de Souza, explica que o local será a verdadeira ‘Casa do Comunitario’, com suporte para atendimento dos presidentes de associações de moradores, clubes de mães, grupo de jovens e grupo de idosos. “Estamos montando uma estrutura para prestação de serviços às comunidades”, argumenta ele.


Édio Martins explica que o prédio contém sala de informática, dois banheiros totalmente adaptados para pessoas com deficiência, auditório, copa e área administrativa.


Para Édio Martins, Blairo Maggi está na história do movimento comunitário da Capital, por conta da construção dessa sede, concretizando um sonho acalentado há 27 anos. “Há mais de 27 anos as bases comunitárias esperam por esse obra”, jusstifica ele.


O secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti, junto ao secretário adjunto de Obras Públicas da Sinfra-MT, Jean Martins e Silva Nunes, fizeram a vistoria final, no local. A sede da Ucamb custou quase R$ 200 mil, bancados pelo Governo do Estado, com uma emenda de R$ 40 mil do então deputado Carlos Brito à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2007.


A nossa sala de informática terá 20 computadores. Além dos equipamentos, um convênio firmado com o Ceprotec vai garantir a disponibilização de instrutores para ministrar treinamento para centenas de presidentes de associações de moradores de bairros e de clubes de mães.

domingo, 6 de abril de 2008

Governador Blairo Maggi afirma que tem contemplado a Capital com uma série de recursos, mas reconhece que a cidade merece muito mais



Maurício Barbant/DC


Governador Blairo Maggi (PR)

NOELMA OLIVEIRA
Da Reportagem

Às vésperas do aniversário de 289 anos de Cuiabá, o governo do Estado lança um novo pacote de obras. Mas o governador Blairo Maggi (PR) afirma que os investimentos na Capital têm sido uma constante na sua gestão, independente de quem esteja à frente do Poder Executivo municipal.

Maggi lembra que nem nos anos mais difíceis para o Estado deixou de aplicar recursos em Cuiabá. As críticas dirigidas contra ele pelo prefeito Wilson Santos (PSDB), adversário político, parecem não preocupar o governador.

O chefe do Executivo estadual, que relatou a série de investimentos feitos na Capital ao longo de cinco anos e três meses, não considera o prefeito ingrato. Segundo ele, Wilson está no seu papel, que é de cobrar e de sempre querer mais. “Nós não somos um governo de Cuiabá, somos um governo de Mato Grosso”, afirma ao explicar as demandas municipais.

Num momento de descontração, Maggi contou que se fosse atender integralmente todas as demandas dos prefeitos o orçamento do Estado seria gasto em único dia. Nesta entrevista, o governador relata especificamente os recursos aplicados na Capital.

Diário – Como o senhor define hoje Cuiabá?

Maggi – Cuiabá é uma cidade quem tem crescido muito nos últimos tempos, com um desenvolvimento acima da média nacional, e com isso tem suas vantagens e seus problemas também, problemas já de cidade grande, que precisam ser resolvidos e que o poder público vem tentando resolver com os esforços do governo municipal, com ajuda dos governos do Estado e Federal. Todos trabalham e sempre ficam coisas para se fazer. É uma cidade que tem um grande desafio pela frente com os seus administradores e também seus moradores. Todo mundo tem que entender que uma cidade não é só o poder público que faz ela, quer dizer, as pessoas que moram nela, que ajudam a construí-la, e ela é melhor, ou pior dependendo das pessoas que ali vivem e do jeito que elas querem viver. Então, a cidade de Cuiabá é igual às outras, com suas vantagens e desvantagens e que todos nós temos a obrigação de trabalhar para melhorar cada vez mais.

Diário - Em Mato Grosso o senhor escolheu Rondonópolis para morar. Depois que terminar o governo, o senhor viria morar em Cuiabá?

Maggi – Eu não escolhi Rondonópolis para morar, eu fui levado para lá. Até porque a atividade que minha família escolheu para desenvolver aqui em Mato Grosso lá. Era lá que a gente tinha as atividades. Já até tentei transferir a sede da empresa para Cuiabá, mas a resistência familiar é muito grande, não da minha família, mas minha irmã, cunhados, diretoria e coisa parecida. Então, é uma dificuldade grande de fazer isso, eu não teria dificuldade nenhuma em morar em Cuiabá. Muito pelo contrário, gosto daqui e já estou aqui há seis anos. O que eu sinto neste momento é que eu ainda não tenho residência fixa aqui e tenho residência fixa lá. Então, eu só trabalho aqui e tento passar os finais de semana lá. Então, eu estou perdendo minha turma de amigos lá e não estou conseguindo formar uma turma de amigos. Então, estou igual a estudantes que mora fora de casa, mas é que eu não teria dificuldades nenhuma em morar aqui, inclusive estou comprando uns terreninhos aqui e, quem sabe?, no futuro...

Diário - Nestes cinco anos e três meses de governo, o senhor contemplou Cuiabá com o que ela merece?

Maggi – Talvez com o que ela merece não, mas com o que eu pude dar, sim. Como eu disse no início da entrevista, uma cidade tem muitos problemas, portanto o que ela precisa e merece é muito mais em termos de investimentos. Em nenhum dos anos, pelos mais difíceis anos que eu passei aqui no governo, nós deixamos de fazer investimentos na cidade de Cuiabá. Fizemos muitos investimentos e estamos fazendo neste momento. Esta semana mesmo estamos lançando três obras importantes, que vão somar um desembolso em 2008 de 29 milhões de reais, sendo 10 milhões para Avenida das Torres, 10 milhões em asfalto nos bairros e mais 9 milhões do PAC, sendo que do PAC são 19 milhões, 9 milhões para este ano e mais 10 milhões para o ano que vem. Então, o governo faz aquilo que podemos fazer com os recursos que nós temos. Nós não somos um governo de Cuiabá, somos um governo de Mato Grosso, e como um bom pai e uma boa mãe, nós precisamos dividir um pouquinho do que nós temos para cada um dos nossos municípios.

Diário – O senhor em algum momento cometeu alguma discriminação política com Cuiabá em relação à administração da cidade, quando o prefeito era Roberto França, então militante do mesmo partido que o senhor, o PPS, e hoje com Wilson Santos?

Maggi – Não. Quando Roberto era prefeito, nós assumimos o governo e fizemos uma série de investimentos com ele e um deles que cito, por exemplo, foi o asfaltamento das vias de ônibus e junto com Roberto, no final do governo dele. Deixamos em torno de 95% a 97% das linhas de ônibus asfaltados. Então, foi um grande programa. De lá pra cá todos, todos os anos, nós temos colocado recursos na prefeitura e em coisas que são obrigação da prefeitura. Isso que é importante, o Estado não tem essa incumbência de fazer asfalto urbano, mas sempre que a gente pode, sempre que tem algum recurso disponível, nós estamos fazendo. Então, não tem discriminação por ter sido Roberto, que antes era meu companheiro de partido (PPS), ou Wilson, que é meu adversário político, o tratamento é igual.

Diário – Mesmo que venha outro prefeito, o tratamento vai continuar a mesma coisa?

Maggi – Continua a mesma coisa e não tem porque mudar. O compromisso é com a população e não com o prefeito, eu sou passageiro, o prefeito é passageiro, outro é passageiro. Ah, se eu tivesse disponível todos os anos 100 milhões de reis para colocar em Cuiabá.

Diário - O PR tem candidato à prefeitura de Cuiabá?

Maggi – Vai ter candidato, pode escrever aí: vai ter candidato.

Diário – Quem é o candidato?

Maggi – Nós estamos trabalhando o nome de Mauro Mendes. Ele já não fala não, fala assim: vamos ver.

Diário – Governador, nestes cinco anos e quatro meses de administração o senhor tem quantificado o montante de investimentos feitos em Cuiabá?

Maggi - Conforme levantamento realizado pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, nestes últimos cinco anos foram investidos na Capital cerca de 317 milhões de reais. Ao todo, foram beneficiadas 34 empresas que geraram 3.781 empregos diretos e 9.340 indiretos. Foram vários os ramos de atividades beneficiados: o de confecção, fábrica de embalagens de alumínio para bebidas, reciclagem de embalagens, beneficiamento de mármore e granito, indústria e comércio de transformadores elétricos, indústria de beneficiamento de papel e vários outros segmentos.

Diário - Todos têm conhecimento de que Cuiabá, até por ser a Capital, acaba se tornando referência em vários setores para o Estado. Na área da saúde, o que governo do Estado tem feito para evitar o ‘gargalo’ no atendimento à população carente nos hospitais públicos da Capital, principalmente no Pronto Socorro da Capital?

Maggi - A Secretaria de Estado de Saúde se coloca como parceiro incondicional e como gestor co-participativo na administração pública da Saúde da capital. Cuiabá é gestora plena do seu Sistema de Saúde. Hoje o Estado repassa 15,6 milhões por ano para o Pronto-socorro Municipal, o que dá uma verba mensal de 1,3 milhão. O Estado também mantém convênios com o Hospital do Câncer, onde faz a manutenção das UTIs, com o Hospital Geral Universitário – para a utilização dos serviços do Centro Cirúrgico, Oncologia, Tratamento Renal, UTIs e para tratamento labioleporino. Com o Hospital Santa Helena o Estado tem convênio para os serviços materno-infantil e com a Santa Casa de Misericórdia tem convênio para as UTIs e serviços de alta complexidade. Além disso, o Estado presta serviços importantes à população. Por exemplo, o Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que atende Cuiabá e Várzea Grande. O serviço, que vinha funcionando com recursos do Fundo Estadual e Saúde, a partir da reestruturação conta agora com a parceria do Ministério da Saúde, que financia 50% dos custos. O Samu conta hoje com 31 médicos, 30 técnicos em enfermagem, 20 enfermeiros e 21 motoristas e dispõe de 12 ambulâncias. Por meio de serviços importantes como o Ceope, MT-Hemocentro, MT Laboratório, Cridac e farmácia de alto custo, cerca de 15 mil pessoas são beneficiadas mensalmente. Além desses serviços o Estado ainda capacita os servidores da Rede SUS por meio da Escola de Saúde Pública e cede Recursos Humanos. Ainda mantém serviços das Vigilâncias sanitária, ambiental e epidemiológica, entre tantos outros.

Diário - Um dos sonhos ou mesmo expectativa de muitos cuiabanos e dos brasileiros que aqui moram é com relação à obra do Hospital Central paralisada há mais de 20 anos. Ainda na sua gestão a construção andou só um pouco. Quanto foi investido? Qual o motivo da paralisação, novamente? Enfim, o que estado pretende fazer com aquele prédio inacabado?

Maggi - A Obra do Hospital Central foi retomada em 24 de novembro de 2004. No ano de 2005 foi investido 1,8 milhão. Esse investimento foi para a conclusão da ala C, que iria funcionar um Pronto-atendimento e o setor de Administração. A ala D – ambulatório, e a ala A - setor de imagem. Com a queda no orçamento foi tomada a decisão de paralisar a obra e dar continuidade às ações de Saúde. Neste intervalo surgiu uma nova proposta: o governo federal, por meio dos ministérios da Educação e Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso e o Estado, estudou a viabilidade da construção de um Hospital Federal. A idéia avançou e o projeto foi aprovado. Ficou para a UFMT a elaboração e administração do Hospital. O Governo do Estado, de ceder o terreno. O terreno fica na área do Adalto Botelho e tem 70 hectares. A capacidade do Hospital é para 220 leitos e vai funcionar como hospital-escola. Segundo a UFMT, a Bancada Federal dispensou 9,8 milhões de reais de emendas destinada ao Hospital. Existe uma consulta feita à Procuradoria Geral do Estado que ainda está estudando juridicamente se o Estado pode usar o antigo Hospital Central como a nova sede administrativa da Saúde do Estado. No entender da SES, o Hospital Central é uma obra já defasada na sua capacidade de atendimento e estrutura arquitetônica, e o Hospital Federal supriria esta obra.

Diário - Especificamente no setor de infra-estrutura, quanto foi investido em Cuiabá?

Maggi - Até agora o governo do Estado já investiu cerca de 282,9 milhões de reais em Cuiabá. São obras que contemplam todos os setores e que melhoraram a vida da população. Foram investimentos no setor de habitação, asfaltamento de vias urbanas, duplicação de rodovias, restauração, construção de pontes, reformas de escolas, outros prédios e instituições públicas, além de parcerias e convênios com várias instituições, como o Senai, que, com o projeto Colher na Massa, qualificou grande número de profissionais.

Diário – Governador, na questão da saúde o senhor tem alguma a mais para investir em Cuiabá?

Maggi – O maior investimentos que fizemos na saúde foi aqui em Cuiabá: aqui estão os centros de referência, aqui estão as universidades, os hospitais universitários, os leitos de UTI, Santa Casa, o pronto- socorro, e nós colocamos dinheiro em todos eles. Aqui nós temos a central de medicamentos de alto custo e a grande maioria dos usuários está aqui em Cuiabá. Posso dizer com toda tranqüilidade que 70% do dinheiro da saúde é gasto em Cuiabá de forma direta ou indireta. Aí tem o restante dos municípios que a gente tem que atender também, mas posso dizer que boa parte dos recursos fica aqui. Agora, mais uma vez tem que se entender o que é função de cada um, não dá para confundir o que é a obrigação do município e do Estado. Tem coisas que são obrigação e que todos os municípios já assumiram e que em Cuiabá ainda fica com o Estado como, por exemplo, o Lar da Criança. O Estado não tem essa obrigação e faz tempo que deixou de ter essa obrigação. Quem assume é a prefeitura e o Estado co-financiador deste processo, mas a administração é da prefeitura, aqui não o Estado é quem faz. Outro exemplo é o Procon, mudando um pouco de assunto, em todos as cidades são municipais e aqui nós temos que segurar. Então, tem uma série de serviços que o Estado banca na Capital, que deveria ser do município. Bom, nós estamos indo para um novo pacto na saúde agora que o governo federal já determinou. E nós estamos trabalhando para isso que todo o gerenciamento da saúde vai passar a ser do prefeito, independente de quem quer que seja, a saúde do município é do município. Se tem um hospital estadual é ele (município) que tem que gerenciar. Nós vamos passar para os municípios a estrutura, recursos, mas o gerenciamento será do município. O que se pretende com isso é que os médicos da rede estadual, por exemplo, que são especialistas em uma determinada área e estão trabalhando num determinado hospital se possa pegar um desses médicos deste hospital e levá-lo para o pronto-socorro, que é hoje o município que cuida. Isso vai acontecer em todas as cidades. A idéia é a de que o gerenciamento fique com o município, e a União e o Estado como co-financiadores.

Diário - Com todos os investimentos que o governo aponta ter feito em vários setores na Capital, o senhor considera o prefeito Wilson Santos ingrato por dirigir críticas ao governo alegando falta de investimentos?

Maggi – O prefeito Wilson é igual a qualquer outro prefeito: sempre quer mais. Está no papel dele.

sábado, 5 de abril de 2008

Cresce 58% índice de agressões em MT






Dado é relativo aos dois últimos anos e apontado pela Ouvidoria Geral das polícias. Neste ano, total de queixas já chegou a 73 em apenas 3 meses




‘Mira’ policial tem maior ‘acerto’ entre homens pobres, negros e de baixa escolaridade, aponta órgão

ALECYA ALVES
Da Reportagem

O número de agressões, abuso de autoridade e outros ilícitos praticados por policiais e registrados na Ouvidoria Geral da Polícia aumentou 58,33% em 2007, em relação aos índices de 2006. Ano passado, foram 217 denúncias contra 146, em 2006.

Em 2008, se acompanhar a tendência do primeiro trimestre, as reclamações poderão duplicar. Nos três primeiros meses deste ano o órgão já recebeu formalmente 73 queixas contra agentes de segurança das polícias Civil e Militar.

O perfil das vítimas mostra que os homens pobres, negros e de baixa escolaridade ainda são os mais agredidos ou desrespeitados nas abordagens policiais em Mato Grosso. De acordo com os dados da Ouvidoria, das 217 queixas que chegaram ao conhecimento do órgão no ano passado, 144 são de pessoas que estão desempregadas ou ganham até um salário mínimo.

Esse número representa 66,35% do total de reclamações registradas no ano passado. Já os que são analfabetos ou estudaram somente o primeiro grau (ensino fundamental) totalizaram 119 casos, ou seja, 54,85% das denúncias.

Os policiais militares são os mais denunciados na Corregedoria, segundo análise anual do órgão fiscalizador das ações das polícias. O índice das 152 reclamações de 2006 é de 70,04% contra PMs, sendo 25 para a punição de oficiais e 127, de praças – suboficiais e soldados.

As 60 ocorrências envolvendo o efetivo da Polícia Civil foram divididas da seguinte maneira: 28 contra agentes prisionais, 20 de investigadores e 12 contra delegados. O Corpo de Bombeiro recebeu cinco queixas, praticamente todas por causa de atraso no atendimento de pedido de socorro, no serviço de resgate, por exemplo.

Para o corregedor-geral da polícia, Auremárcio Carvalho, esse aumento tem várias razões, entre as quais a intensificação das ações das policiais no combate à criminalidade, a expectativa ou certeza de impunidade, a visão errônea de superiores de que, em algumas situações, o exagero seria necessário. Ele citou ainda o acesso da comunidade às informações sobre seus direitos e as facilidades para denunciar.

A omissão de quem está no comando da ação, segundo o ouvidor, ainda é uma das principais causas da violência policial. “Se o policial agride ou abusa do poder uma, duas, três vezes e nada acontece, fica impune, continua praticando aquilo como algo que faz parte do seu trabalho”, destaca Carvalho.

Mais grave ainda, avalia ele, é quando aquele que deveria tomar a iniciativa de punição reconhece o erro, acha que houve violência, mas entende que o abuso era uma necessidade naquele momento e, por isso, compactua com a impunidade.

“Esse comportamento estraga o bom trabalho das organizações policiais, como o da Polícia Comunitária”, reclama Auremárcio Carvalho. Sobre o perfil dos mais abordados com violência pela polícia, o ouvidor lembra que essa é uma prática histórica de preconceito.

De acordo com Carvalho, uma pesquisa recente do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, mostrou que 60% da população brasileira nunca foram parados pela polícia. Outra parcela da população é formada por jovens do sexo masculino, de cor negra e moradores da periferia. Entre os jovens abordados de maneira freqüente, 55% são negros e pobres.

“Outro dia, um oficial reclamou porque eu disse na imprensa que a polícia não chega aos bairros nobres, como o Santa Rosa, em Cuiabá, chutando a porta da casa e agredindo pessoas suspeitas ou procuradas por crimes. Mas é isso que acontece, os abusos acontecem nas periferias pobres”, completa Auremárcio Carvalho.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

ESPECIAL CUIABÁ


Sexta, 04 de abril de 2008, 17h06
ESPECIAL CUIABÁ
Ruas da Capital receberão asfalto

JAIRO PITOLÉ SANT’ANA
Especial/Secom-MT



Lenine Martins/Secom-MT

Edir Motti proprietário de funilaria e pintura, no Parque Ohara, em Cuiabá

Qualquer acidente na avenida Fernando Corrêa da Costa, nas proximidades do “Trevo para Santo Antônio do Leverger”, no Coxipo da Ponte, é dor de cabeça na certa para Edir Motti. Sua funilaria e pintura, em sociedade com os irmãos, está localizada na rua das Araras, no Parque Ohara, opção dos motoristas para fugir do engarrafamento e tentar chegar o mais rápido possível ao seu destino.

“Quando o acidente é na época da seca, a gente quase morre sufocado. Muitas vezes, o carro que terminou de ser polido, fica todo vermelho de poeira. Temos que refazer todo o trabalho. Quando chove, é só poça d’água”, lamenta.

Esse cotidiano está para ser página virada na vida da família Motti e dos empresários da rua das Araras. Ela não apenas será asfaltada como interligada à avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), funcionando como alternativa para o trânsito da (avenida) Fernando Correa da Costa.

Além das Araras, mais de 70 outras ruas, de 23 bairros de Cuiabá receberão asfalto, drenagem, construção de meios-fios, sarjetas e sinalização (vertical e horizontal). Serão investidos R$ 7,66 milhões em 167,5 quilômetros quadrados (24 quilômetros lineares).

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infra-estrutura (Sinfra-MT), assinou nesta sexta-feira (04.04), o contrato com as 13 empresas vencedoras da concorrência pública, para início das obras de asfaltamento urbano que abrangerá mais de 20 Bairros de Cuiabá.

De acordo com secretário, Vilceu Marcheti, os investimentos feitos em asfaltamento urbano serão na ordem de R$ 7.667.433, oriundos do Fundo de Desenvolvimento Estrutural e Social de Mato Grosso (Fundesmat). Participaram da solenidade de assinatura os representantes das empresas, os presidentes dos bairros contemplados e associações de moradores.

“Cerca de 80 mil moradores cuiabanos serão beneficiados. Terão mais facilidade de acesso a escolas, trabalho e lazer com mais rapidez”, disse o secretário de Infra-estrutura de Mato Grosso, Vilceu Marchetti, durante a solenidade de assinatura dos serviços para início das obras, que serão executadas por 13 empresas vencedoras da concorrência.

Segundo ele, o governo do Estado já investiu R$ 10 milhões em obras de pavimentação da Capital - que na terça-feira, dia 08, completa o seu 289º aniversário – além dos R$ 10 milhões já garantidos para a avenida das Torres. “O convênio será assinado na próxima semana”, anunciou.

“Este governo investe em infra-estrutura para dar qualidade de vida à nossa população”, completou o vice-governador Silval Barbosa, representante de Blairo Maggi na solenidade, que contou com a presença de vereadores e presidentes de associações de moradores de bairros.

Asfalto especial

De acordo com os técnicos da Secretaria de Infra-estrutura de Mato Grosso serão utilizados dois tipos de pavimentação. Nas ruas que funcionam como linha de ônibus - o que ocorrerá em 13 bairros – o asfalto será do tipo CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), considerado de melhor qualidade, maior durabilidade e resistência.

Este tipo de pavimento permite o tráfego de maior número de ônibus e com maior intensidade de paradas (frenagem). Já nas ruas onde não circulam ônibus será utilizado o chamado TSD (Tratamento Superficial Duplo), conhecido como asfalto a frio.


Bairros e ruas beneficiados

Bairros Números de ruas
São Mateus 02
Jardim dos Ipês 08
Paiaguás 04
Renascer 03
Jardim Beira Rio 09
São Gonçalo Beira Rio 01
Passaredo/São Francisco/Tijucal/Lagoa Azul Linha de ônibus projetada
Praeirinho 07
Real Parque/Paulicéia 14
Fortaleza/Santa Laura/Manduri/São Sebastião 05
Jardim Liberdade 04
Jardim Mariana 01
Sol Nascente/Guaicurus - Linha de ônibus
Parque Ohara/São José 04

Enquetes com moradores

Lenine Martins/Secom-MT

Henriqueta Brence de Souza, do Real Parque
Henriqueta Brence de Souza, comerciante no Real Parque. É paranaense de origem e mora há um ano no bairro. “Só quem mora aqui, sabe como é horrível viver sem asfalto. Estamos sempre entre o barro e a poeira. Muita gente deixa de mudar para cá por causa disso. Com o asfalto, vai melhorar 200%”.

Valteli Manoel de Arcanjo, morador do Real Parque. Mudou há cinco anos de Barra do Garças para Cuiabá. Depende de ônibus todos os dias. “Vai ser a melhor coisa”, disse.

Paulo Sérgio Martins, trabalhador autônomo, morador do Paulicéia há 8 anos. Asfalto vai passar a 50 Lenine Martins/Secom-MT

Paulo Sérgio Martins, do Real Parque
metros da sua casa. “Vai, com certeza, acabar com o barro e a poeira”, afirmou.

Veio do Paraná. Mora há 8 anos no Jardim Paulicéia. Faz serviço autônomo. Usa ônibus direto. Mulher estuda. Asfalto vai ficar a 50 metros da sua casa. Com certeza, resolve problema da poeira e do barro. Ligação Fernando Correa com Estrada do Moinho (Arquimedes Pereira Lima) Trajeto: Rua das Araras, Avenida dos Tamoios, Rua A, Estrada da Moinho).

Lenine Martins/Secom-MT

José Márcio de Souza, do Parque Ohara
José Márcio de Souza, dono do Restaurante Rodrigues, Rua das Araras, Parque Ohara. Mora há 23 anos no bairro. “O asfalto vai melhorar e muito. Hoje é muito difícil para trabalhar. Quando não é poeira é lama. Quando as obras começarem, vou assar um boi rolete”.

Edir Motti, rua das Araras.“O asfalto vai ser a coisa mais linda”.

Fernando Nascimento da Cruz, pescador profissional e trabalhador braçal. Mora no São Gonçalo Beira Rio desde 1966, quando chegou de Mimoso. “Agora, as festas já podem ser feitas aqui. Antes não podia, por causa da poeira, porque não tinha asfalto. Falta de asfalto significa poeira entrando dentro de casa na seca, e barro, buraco e poças d’água a chuva.”