sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sintep cobra promessa de piso de R$ 1.050 e início de ano letivo sob risco




Redação 24HorasNews


Mesma história do ano passado. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) vai cobrar do Governo do Estado a efetivação do compromisso assinado, durante a greve realizada no ano passado, que garantia a implementação do piso salarial de R$ 1.050,00 ainda em 2008. “Fechamos o ano com o não cumprimento deste acordo” - lamentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Gilmar Soares Ferreira.

Segundo ele, há a possibilidade de não haver início do ano letivo. “Esta foi uma definição do nosso último Conselho de Representantes e vai estar na pauta do planejamento estratégico”, garantiu. Na quinta e sexta-feira o Sintep promove a uma reunião que definirá o planejamento estratégico para 2009. Em 2008, o ano letivo também começou sob greve.

O sindicato está há quase dois anos lutando pela implantação do piso salarial de R$ 1.050,00. No ano passado, depois de muita resistência, o Governo concordou com a proposta, após quase um mês de paralisação. O Sintep chegou a apresentar números que apontavam a viabilidade de implantação do piso salarial no Estado.

Os estudos realizados entre o Sintep e a equipe de Governo, na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), sobre os recursos da educação, apontavam a viabilidade de implantação do piso. Bastava, para isso, que o Governo aplicasse efetivamente todos os recursos constitucionais na educação (inclusive o IRRF) e, no mínimo, 28% dos 35% garantidos na Constituição Estadual. Mas isso não aconteceu. E o ano passou.

No encontro de quinta e sexta serão apontadas as ações fundamentais para os próximos seis meses. “Além de nos prepararmos para o Conselho de Representantes e a Assembléia Geral, que ocorrem no período de 7 a 9 de fevereiro”, explicou o sindicalista.

O piso salarial para a rede municipal também será discutido na oportunidade. “Vamos nos debruçar sobre esse tema”, assegurou. O presidente afirmou que as questões constantes da pauta do Conselho precisam ser pensadas estrategicamente até o meio do ano. “E precisamos desenvolver ações para conseguir os nossos objetivos”.

Em Várzea Grande, as aulas na rede pública municipal de Várzea Grande vão começar no dia 2 de março, quase um mês depois do previsto do início na rede estadual e em Cuiabá. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), subsede Várzea Grande, aponta que o atraso vai prejudicar o ano letivo e comprometer alguns sábados do primeiro semestre. A medida, determinada pelo secretário Sebastião Gonçalves, deixou os professores insatisfeitos. Eles também cobram implantação do PCCS é para os servidores a base para a regularização dos direitos profissionais. Eles argumentam que desde 2005 não é feita qualquer reposição salarial.