sexta-feira, 30 de maio de 2008

Bairro São Roque terá mutirão neste sábado

Assessoria - SME

Neste sábado, a partir das 7 horas, com encerramento previsto ao meio-dia, a Prefeitura Municipal de Cuiabá estará realizando mais um Mutirão Solidário, desta vez no bairro São Roque (Regional Leste). As diversas secretarias e coordenadorias que integram o staff municipal estarão igualmente presentes, incluindo a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).


A Sanecap participa dos trabalhos com cursos de fabricação de sabão em barra/líquido, identicamente repassando instruções relativas ao reuso da água e outros procedimentos que devem ser adotados quando for detectado algum vazamento na rede.


A área comercial também estará a postos para informar sobre as formas de parcelamento dos débitos, mudança de nomes/endereços e todas as questões relativas ao sistema de água/esgoto.


O engenheiro químico Noé Rafael da Silva (DVOP - Sanecap) pontuou que a Companhia sempre procura orientar os moradores de Cuiabá sobre medidas fáceis de serem adotadas em relação à água. "Evitar o desperdício é fator sumamente importantíssimo nesse processo".


Para exemplificar, o técnico informou que a água captada enfrenta um longo caminho até chegar ao consumidor. "Dos rios às Estações de Tratamento de Água (ETAs) é somente uma fase. Nas ETAs, a água é tratada e finalmente distribuída. Mas, por vezes, ocorre de o produto não chegar ao consumidor da mesma forma com que deixou as unidades de tratamento. É que uma série de fatores pode comprometer sua qualidade no decorrer desse desligamento. Conscientização é um dos caminhos para evitar que isso aconteça".

Bairro Pedra 90 será beneficiado com uma policlínica

Foto: Walter Machado - Secom/PMC
O bairro Pedra 90 será contemplado com a construção de uma policlínica. A notícia foi dada ontem (29-05), à noite, pelo prefeito Wilson Santos, durante o lançamento do programa Reluz na região. A construção da policlínica beneficiará cerca de 30 mil moradores.

O prefeito informou que no domingo (01-06), às 19h30, voltará ao bairro para assinar a ordem de serviço para o início da obra. "Se tudo der certo, no dia 15 de setembro estaremos aqui para fazer a inauguração da policlínica", disse o prefeito Santos pontuando que a obra era um sonho dos moradores e que sempre cobraram dele.

Ainda na área de saúde, o Pedra 90 também será contemplado com quatro equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). Cada uma terá um médico, oito horas por dia, visitando as famílias na própria casa.

Além da policlínica, o gestor informou que o bairro receberá, a partir de junho, obras de pavimentação em 27 ruas, das três etapas do bairro. "Serão R$7,5 milhões em recursos da prefeitura, ou seja, 100% em recursos próprios, que são resultado de nossas economias ao longo dos três anos e meio de gestão", explicou Santos.

A policlínica será construída na 1ª etapa, Avenida Principal com a Rua Nilton Rabelo de Castro.

Programa Reluz é lançado em oito bairros da região Norte de Cuiabá

O prefeito Wilson Santos lançou ontem (28), à noite, o programa Reluz em oito bairros da região norte de Cuiabá. O evento foi realizado no Centro Comunitário do bairro Jardim Vitória e marcou o início das obras, que começam da periferia para o centro da cidade.

Os primeiros bairros contemplados são: Jardim Vitória, Novo Paraíso I e II, Jardim Florianópolis, Ouro Fino, Jardim União, Jardim Itapuã e Três Poderes. Esses bairros estão incluídos na primeira etapa de execução do programa, que será concluído em dez meses.

Durante o evento, o prefeito de Cuiabá falou aos moradores que a Prefeitura criou o programa Reluz porque acredita que investir em iluminação pública é investir na segurança da população. “Esse é o melhor sistema para garantir mais segurança aos bairros, pois inibe os bandidos”.

De acordo com o gestor municipal, a escolha desses bairros para iniciar o programa é devido ao elevado índice de violência que ocorre no local. “Aqui moram as famílias, os estudantes e os trabalhadores, que geralmente chegam tarde em casa. São eles quem mais precisam de segurança, e uma rua bem iluminada é garantia disso” disse Santos.

A reunião contou com a presença de moradores, comerciantes, lideranças comunitárias e políticas. A deputada Federal, Telma de Oliveira, que também esteve presente, pontuou que garantir segurança à população é papel dos Governos Federal e Estadual, no entanto, o prefeito se mostra preocupado com a situação, que agrava cada vez mais no país, tentando procurar soluções para o problema. “O prefeito está se mostrando preocupado com a qualidade de vida da população cuiabana. Com esse programa ele garante dignidade aos moradores da periferia”.

Com um investimento de R$ 23.599.257,80, o programa Reluz irá promover 100% de iluminação pública em Cuiabá. Ao todo serão substituídas 46.326 lâmpadas e luminárias em todos os bairros de Cuiabá, gerando uma economia para o município de 10.373 MWh no consumo anual de energia. Essa economia reflete em uma redução de R$ 1,8 milhão nos gastos da Prefeitura com iluminação pública.

Para o presidente da Associação de Moradores do bairro Jardim Vitória, Nelson de Farias, o bairro que existe há 20 anos, nunca recebeu uma obra tão importante. “O bairro possui mais de 11 mil moradores e todos eles sempre reclamaram da iluminação pública, pois aqui é muito escuro à noite. Agora sabemos que vamos morar em um lugar mais seguro e tranqüilo”.

Asfalto em nove ruas do Canjica será concluído em 40 dias

O prefeito Wilson Santos anunciou na manhã de hoje (29), durante participação no Programa Café na Band, comandado pelo apresentador Everton Pop, que o asfalto de nove ruas do bairro Canjica será concluído em 40 dias. A moradora Rosimeire, que participou do programa pelo telefone, disse que as obras estão morosas e cobrou um serviço de limpeza no bairro. O gestor garantiu que o asfalto será concluído em 40 dias e que a limpeza do bairro terá início na próxima segunda-feira (02).

Jairo, morador do 1º de Março, cobrou iluminação pública. O prefeito afirmou que a Capital do Estado terá cem por cento de iluminação com o Programa Reluz. "São mais de 200 bairros beneficiados com o programa até o final de 2008", disse. Para o prefeito Wilson Santos, investir em iluminação é garantir mais segurança ao cidadão.

Jardim Vitória contará com Centro de Geração de Renda

A secretária de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (Smasdh), Celcita Pinheiro, assinou na manhã de hoje (30) um Termo de Comodato para cessão de um terreno da Associação dos Irmãos Praeiro.

O documento será válido pelo prazo de 20 anos e propiciará a construção de um Centro de Geração de Renda, a partir de recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), garantidos com uma emenda da vereadora Enelinda Scala no valor de R$ 150 mil. O projeto foi desenvolvido por técnicos da Smasdh para utilização do espaço na oferta de cursos profissionalizantes e oficinas à comunidade.

Maggi comemora

governador Blairo Maggi (PR) disse hoje (30) que interpretou como uma "flexibilização" das regras o fato do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ter assinado portaria que permite que nem todas as propriedades localizadas em municípios do bioma amazônico sejam punidas caso não sigam critérios ambientais.

De acordo com Maggi, a portaria beneficiará muitos municípios de seu estado. “Primeiro havia pedido a revogação do decreto, o que não ocorreu. Mas hoje ocorreu uma flexibilização das regras que vai contemplar pelo menos 70% das propriedades produtoras do estado do Mato Grosso”, disse Maggi.

A portaria, de acordo com o governo, apenas regulamenta resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), que condiciona a liberação de financiamento agrícola ao cumprimento de critérios ambientais. Ela foi assinada pelo ministro no 1º Fórum da Amazônia Legal, realizado hoje em Belém (PA).

Minc negou que tenha havido flexibilização. “Não voltamos atrás, não flexibilizamos. Eu nem tenho poder para mexer numa resolução do Banco Central. Apenas expliquei na portaria como poderá ser comprovado aqueles que estão dentro ou fora do bioma amazônico”, disse o ministro.

Maggi disse que ainda que continuará pleiteando o financiamento do custeio da produção agrícola, mesmo para as propriedades que não se enquadram nas regras. “Nesse momento, o que estou pedindo é que aqueles que necessitam de crédito possam receber para o custeio da produção, como para compra de fertilizantes, sementes”, disse o governador.

A restrição ao financiamento agrícola estabelecida pelo CMN, de acordo com Maggi, representa um verdadeiro “embargo econômico” ao estado do Mato Grosso, onde a economia tem forte base na agroindústria de exportação. “É necessária uma alternativa intermediária até para que se evite a ocupação de novas áreas”, observou.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Moradora cobra Posto de Saúde para o Osmar Cabral

A moradora do Osmar Cabral, Andrea, que participou do Café na Band como ouvinte do programa comandado pelo apresentador Everton Pop, questionou o prefeito Wilson Santos sobre o fato de o bairro ter 23 anos e não dispor de um Posto de Saúde.

O prefeito Wilson Santos disse que sua administração está implantando o Programa Saúde da Família (PSF) nos mais diversos bairros da cidade. No caso do Osmar Cabral, a expectativa é garantir mais uma equipe que começa a atender em setembro.

Wilson Santos recordou ações da sua gestão no Osmar Cabral, como a reforma e informatização da biblioteca do bairro e da escola, que, desde que foi construída, em 86, não tinha experimentado qualquer ampliação, bem como a reforma do Terminal Rodoviário do Osmar Cabral. "Vocês também serão beneficiados com a Avenida das Torres", resumiu.



Da assessoria

sábado, 24 de maio de 2008

No Congresso da Conam, Mato Grosso emplaca propostga de regularização fundiária e habitação

No Congresso da Conam, Mato Grosso emplaca propostga de regularização fundiária e habitação

No segundo dia do 10º Congresso da Conam, aberto na noite desta quarta-feira, no ginásio de esportes Leoãozão, em Lauro de Freitas (BA), movimento comunitário de Mato Grosso emplacou sua principal reivindicação na pauta de Reforma Urbana com Direitos Sociais: a regularização fundiária urbana e a habitação com interesse social.
O 10º Congresso termina na manhã deste domingo. A Delegação de Mato Grosso, com 137 delegados, está instalada no Hotel Sol Bahia, em Salvador, embora o evento aconteça em Lauro de Feitas, na região metropolitana.


O presidente da Confederação Nacional, Wander Geraldo da Silva, entende que o Congresso está aprofundando os debates sobre a realidade política, os desafios no fortalecimento e organização do movimento, além da aprovação de uma plataforma de lutas para o trabalho da Conam e suas filiadas para o próximo triênio (2008 - 2011).


Conscientização

Fundador da Conam e da Femab, o presidente da Ucam, Valmir Cardoso Oliveira, considera ímpar o Congresso da Conam, porque, na atualidade, o governo Lula é o principal parceiro das organizações sociais do país.

O presidente Femab, Walter Arruda, afirma que é chegado o momento de uma importante conquista que o movimento está tendo em sua história, confraternizando e conhecendo a realidade de outras localidades do Brasil. "É uma importante oportunidade de discutirmos as dificuldades e os desafios a serem superados", argumenta ele.



De Mato Grosso, estão em Lauro de Freitas delegações da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), União Coxipoense (Ucam), União Varzeagrandense (Univab), União Sinopense (Usamb), União Rondonpolitana (Uramb), União Tangaraense e União Barragarcense, entre ouras, estarão representando o Estado.
(Ronaldo Pacheco, Enviado Especial a Lauro de Freitas (BA)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pesquisa: Wilson Santos lidera na espontânea e Rabello na estimulada

Wilson Santos e Rabello polorizam intenções de voto em Cuiabá


A Antecipar/PnBOnline divulga hoje (23/05) sua pesquisa eleitoral em Cuiabá. A pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de maio e registrada na 51ª Zona Eleitoral, traz a polarização da disputa pela prefeitura da capital entre o prefeito Wilson Santos (PSDB), que tenta a reeleição, e o deputado estadual (cassado por infidelidade partidária no dia 13 de maio) Walter Rabello (PP). Santos lidera na pesquisa espontânea e Rabello na estimulada.

Esta é a primeira pesquisa realiza pela Antecipar/PnBOnline. Foram entrevistadas 1.309 pessoas, nas quatro regiões de Cuiabá.


Espontânea

O prefeito Wilson Santos está na liderança na pesquisa realizada pela Antecipar/PnBOnline. Santos tem 17,5% dos votos, contra 15% de Walter Rabello. Considerando a margem de 2,5% de erro da pesquisa, Wilson Santos e Walter Rabello estão tecnicamente empatados.

Em terceiro lugar aparece o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo (PR) – que já desistiu da candidatura – com 1,7% da preferência. Em quarto, está o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) com 1,4% dos votos. Com 0,9% da preferência, a ex-vice-governador Iracy França (DEM) ocupa a quinta colocação.

Wilson Santos (PSDB): 17,5%

Walter Rabello (PP): 15%

Sérgio Ricardo (PR): 1,7%

Valtenir Pereira (PSB): 1,4%

Iracy França (DEM): 0,9%

Mauro Mendes (PR): 0,8%

Outros: 1,10%

Branco/Nulo/NS/NR: 50,3%


Estimulada

Na estimulada, a pesquisa simulou três cenários. Os três apontam empate técnico, com Walter Rabello ligeiramente na frente do prefeito Wilson Santos. Também nestas três possibilidades, considerando a margem de erro (2,5%), Rabello e Santos estão tecnicamente empatados.

Cenário 1 - No primeiro cenário são considerados todos os possíveis pré-candidatos em Cuiabá: além de Wilson Santos e Rabello, foram citados Valtenir Pereira, Iracy França e Mauro Mendes (PR). O resultado foi Valter Rabello com 33,3% dos votos e Wilson Santos com 29,7% da preferência. O deputado federal Valtenir Pereira aparece com 7% dos votos; Iracy França recebe 4% da preferência e Mauro Mendes tem 1,5% de votação.

Walter Rabello (PP): 33.3%

Wilson Santos (PSDB): 29,7%

Valtenir Pereira (PSB): 7%

Iracy França (DEM): 4%

Mauro Mendes (PR): 1,5%

Brancos/Nulos/NS/NR: 24,5%


Cenário 2 - Na segunda simulação foram citados apenas Walter Rabello, Wilson Santos, Valternir Pereira e Mauro Mendes. O resultado foi mais uma vez empate técnico entre Wilson e Walter, com ligeira vantagem para Rabello.

Walter Rabello: 34,6%

Wilson Santos: 30,7%

Valtenir Pereira: 7,6%

Mauro Mendes: 1,9%

Brancos/Nulos/NS/NR: 25,2%


Cenário 3 - Na última simulação, aparecem apenas Wilson Santos, Walter Rabello e Mauro Mendes.

Walter Rabello (PP): 35,7%

Wilson Santos (PSDB): 32.9%

Mauro Mendes (PR): 3,2%

Brancos/Nulos/NS/NR: 28,2%


Segundo Turno

A pesquisa Antecipar/PnBOnline também perguntou em quem os eleitores votarão se houver segundo turno. Foram feitas simulações de seis possíveis cenários. Três com o prefeito Wilson Santos e três em que Santos não aparece. Santos fica em segundo lugar apenas quando a disputa é com o deputado Walter Rabello.

Wilson Santos X Walter Rabello

Walter Rabello: 35,5%

Wilson Santos: 33,6%

Brancos/Nulos/NS/NR: 37,7%


Wilson Santos X Valtenir Pereira

Wilson Santos: 38,9%

Valtenir Pereira: 18,10%

Brancos/Nulos/NS/NR: 33%

Wilson Santos X Mauro Mendes

Wilson Santos: 40,8%

Mauro Mendes: 11,5%

Brancos/Nulos/NS/NR: 30,9%


Walter Rabello X Valtenir Pereira

Walter Rabello: 41,1%

Valtenir Pereira: 18,3%

Brancos/Nulos/NS/NR: 70,1%


Walter Rabello X Mauro Mendes

Walter Rabello: 46,2%

Mauro Mendes: 9,5%

Brancos/Nulos/NS/NR: 44,3%


Mauro Mendes X Valtenir Pereira

Valtenir Pereira: 22,8%

Mauro Mendes: 7,1%,

Brancos/Nulos/NS/NR: 40,6%


NS: Não souberam Responder
NR: Não responderam



Angela Jordão

Lançamento do Reluz será terça-feira

Infra-Estrutura
Graciele Leite
Comunicação - PMC

O lançamento do Programa Reluz será na terça-feira (27-05), às 17h, no Centro de Eventos do Pantanal. Este é o maior programa de melhoria na eficiência energética da história da Capital e irá propiciar 100% de iluminação pública sem custos aos moradores. Com a troca de 92.952 lâmpadas e luminárias, a cidade conseguirá economizar R$ 1,8 milhão ao ano nos gastos com consumo e manutenção da rede. Isso equivale a 26% de redução mensal nos custos. A mudança será iniciada da periferia para o centro, prestigiando desta forma a população menos favorecida com o serviço e onde há maiores índices de criminalidade.

As lâmpadas usadas hoje (de vapor de mercúrio e de sódio) serão trocadas por lâmpadas mais eficientes (de vapor de sódio e de multivapor metálico). O prazo final para implantação é dezembro deste ano. Por isso, a perspectiva do projeto é propiciar iluminação eficiente, com redução de gastos em consumo e manutenção, além de melhorar a estética e a segurança nas comunidades.

Na primeira fase dos trabalhos, haverá recadastramento dos pontos de iluminação existentes na cidade, o que permitirá o atendimento rápido em caso de falhas (queimas). Além da troca de lâmpadas e ampliação da rede, serão desenvolvidos outros seis projetos de iluminação especial nas principais avenidas e viadutos ou em áreas públicas.

O programa já foi implantado e aprovado em Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e outras cidades como Guarulhos (SP) e São José dos Campos (SP). O custo para Cuiabá será de R$ 23.599.257,80. O projeto será viabilizado por meio de uma parceria com a Rede Cemat.

O financiamento é da Eletrobrás e a Prefeitura terá seis anos para pagar, sendo um de carência. A quitação será custeada pela Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP) sem ônus adicional, uma vez que o empréstimo será pago com os valores provenientes da economia nos gastos de consumo e manutenção

quarta-feira, 21 de maio de 2008

governador Blairo Maggi (PR) reivindica uma política ambiental "diferenciada" para Mato Grosso dentro do Plano Amazônia Sustentável (PAS).


Lançado em 8 de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano prevê um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia, por meio de ações emergenciais e estruturais. O investimento previsto no PAS é de R$ 1 bilhão.
Em entrevista nesta quarta (20) ao G1, o governador afirmou que pediu ao ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, coordenador do PAS, um tratamento especial ao estado.
"Para Mato Grosso, nós precisamos ter uma política diferenciada, porque a população aqui é de uma outra origem e que tem outros anseios e outros desejos. Nós também temos em Mato Grosso dois biomas muito diferentes, que é a área de floresta e a área de cerrado", declarou.
Maggi rebateu as críticas do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que nesta quarta afirmou que dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a serem divulgados na próxima semana apontarão um aumento do desmatamento na Amazônia e o estado do Mato Grosso como um dos principais responsáveis.
Segundo Maggi, esses dados não podem ser interpretados mês a mês, mas considerados de acordo com a média. "Se formos olhar o que vem acontecendo desde 2005 para cá, todos foram anos em que nós tivemos uma redução bastante grande do desmatamento, chegando à ordem de até 80%", afirmou.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista, a 20ª da série com governadores de estado no G1
Como sr. recebeu as declarações do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de que o desmatamento aumentou na Amazônia e que Mato Grosso é responsável por 60%?
Blairo Maggi - Eu não conheço os dados do mês de abril, que devem ser divulgados. Mas a questão dos dados do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] não pode ficar olhando mês a mês. O que interessa é a média que vai ser lá no final. Eu ainda não conheço esses números e espero que em Mato Grosso a gente continue tendo uma redução no desmatamento em relação à média do ano anterior. Se formos olhar o que vem acontecendo desde 2005 para cá, todos foram anos em que nós tivemos uma redução bastante grande do desmatamento, chegando à ordem de até 80%.
G1 - Mas o ministro disse que os dados que vão ser divulgados na segunda-feira (26) mostram um aumento do desmatamento, principalmente em Mato Grosso.
Maggi - O estado de Mato Grosso, diferente dos outros estados, você tem que ter uma compreensão... Primeiro, é um estado agrícola, e as pessoas que vivem no estado ou vieram para o estado de Mato Grosso não vieram para... Como falam o italiano e o alemão, vieram para fazer a vida. Vieram aqui plantar e esperar 20 ou 30 anos para poder ter uma estabilidade financeira. O povo aqui do estado não tem a cultura extrativista que tem nos outros estados da região amazônica. Isso, inclusive, é uma reivindicação, dentro do PAS (Plano Amazônia Sustentável), que eu fiz ontem [terça, 20] ao ministro Mangabeira [Roberto Mangabeira Unger, ministro de Assuntos Estratégicos, coordenador do plano] e que nós vamos discutir. Para Mato Grosso, nós precisamos ter uma política diferenciada, porque a população aqui é de uma outra origem e que tem outros anseios e outros desejos. Nós também temos em Mato Grosso dois biomas muito diferentes, que é a área de floresta e a área de cerrado. E, estatisticamente, isso não é separado.
há mais cobrança em relação ao estado de Mato Grosso?
Maggi - A pressão sobre o estado de Mato Grosso é maior do que nos outros estados, até porque nós temos aqui uma agricultura muito forte e uma pecuária muito forte, o que não tem nos outros estados. Mas isso também não nos dá direito de aceitar o que está errado. Nós temos procurado, através da nossa Secretaria de Meio Ambiente, fazer ações exemplares do que vem ocorrendo errado. Nesta semana mesmo que passou, o estado embargou 15 mil hectares de áreas que foram desmatadas irregularmente.
G1 - Qual a sua posição sobre a resolução do Banco Central, que entrará em vigor em julho e que estabelece que a liberação de crédito agrícola será feita somente para proprietários rurais que tiverem licenciamento ambiental?
Maggi - Sou totalmente contrário. Mais uma vez, vamos abrir dois parênteses. O que está sendo feito errado ou desmatado neste momento não merece o respeito de ninguém e a consideração de ninguém. Não tem que ter crédito, não tem que ter nada. Mas o que essa resolução do Banco Central fez? Pegou todas as propriedades do estado de Mato Grosso, da região amazônica e também de outros estados, que têm áreas consolidadas, que vêm produzindo há muitos anos e que não têm licenciamento ambiental, embora seja uma exigência da lei, mas a lei também dá prazo para você fazer isso... Agora, simplesmente, do dia para o outro, vem uma resolução que diz que você não tem mais direito ao crédito. Então, o que acontece? É um embargo econômico muito forte e maléfico à economia do estado de Mato Grosso (...). Eu, como governador, não posso aceitar isso em hipótese nenhuma porque é a quebradeira da economia do estado.
Como o sr. vê a discussão em torno dos biocombustíveis e a produção de alimentos, já que alguns organismos internacionais culpam os biocombustíveis pela alta nos preços desses produtos? A política ambiental brasileira pode prejudicar a produção de alimentos no país?
Maggi - O Brasil vem fazendo a lição de casa, sendo um exemplo para o mundo de como fazer essa combinação entre biocombustíveis e produção de alimentos. O Brasil cresce a cada ano na produção de alimentos e estamos batendo recorde na produção de álcool. Se você observar, o Brasil vem fazendo uma redução da ocupação da Amazônia muito grande. Então, o Brasil aumenta a produção de alimentos, aumenta a produção de biodiesel, bioetanol, biocombustíveis, e não aumenta o desmatamento da Amazônia. Afinal, ele vem fazendo o caminho certo. Mas outros países não vêm fazendo as coisas corretas. Por exemplo, os Estados Unidos, que, para fazer álcool, precisam tirar a produção de milho para consumo urbano, consumo animal. Esse erro da falta de alimento não é com o Brasil.
Maggi - A idéia que eu vi é de usar o mesmo sistema da força nacional [de segurança]. A Força Nacional é composta por militares de cada estado, que mandam para a Secretaria Nacional de Segurança um número de soldados que eles precisam para determinada ação. O estado de Mato Grosso, por exemplo, mandou para os Jogos Pan-Americanos cerca de 200 policiais para o Rio de Janeiro naquela época. Eles foram nos devolvendo e hoje nos temos ainda mais de 40 policiais que estão com a Força Nacional. Eu acho que é uma idéia aceitável e viável para trabalhar nessa direção. Ontem, eu fiz uma manifestação e, talvez, ela tenha saído um pouco errada, quando eu disse que nós de Mato Grosso não vamos disponibilizar gente para essa força, porque eu já tenho um número muito pequeno de policiais. Se o Brasil inteiro se preocupa com a questão da Amazônia, então vamos fazer a Força Nacional, vamos trazer gente do Rio Grande do Sul, vamos trazer gente do Paraná, de São Paulo, de outros lugares, e eles podem dar essa contribuição, para fazer com que haja um policiamento maior na Amazônia.
Maggi - Sim, é menor do que deveria. O que nós vimos ultimamente na Amazônia e aqui em Mato Grosso e outros estados foi uma ação truculenta da Polícia Federal, uma ação policialesca do governo nessa região, que assustou as populações dessa região, que trouxe intranqüilidade inclusive, para fazer uma ação que chamaram de controle do desmatamento. Mas não foram verificar um hectare de mata derrubada em lugar nenhum e passaram a atuar com muita força sobre os madeireiros dessa região, onde milhares de pessoas perderam emprego e, ao invés do governo tentar conquistar a simpatia das pessoas da região para a causa da preservação amazônica, acabaram criando um ambiente muito desfavorável para isso nessa região.
G1 - O sr. pretende se encontrar com ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc?
Maggi - Não há nenhuma agenda, mas, assim que surgir agenda, estou pronto para ir à discussão. Para mim, não há problema nenhum. Eu gostei muito de uma frase do Mangabeira ontem. Ele esteve aqui em Mato Grosso e disse o seguinte: ‘Essa não é hora de distribuir culpa para ninguém e nem as medalhas também’. É hora de construir agora.
G1 - Mas como o sr. avaliou a mudança no Ministério do Meio Ambiente, com a saída de Marina Silva e a escolha de Carlos Minc para a vaga?
Maggi - Eu e a ministra Marina sempre tivemos um relacionamento pessoal muito bom, de respeito mútuo. Eu tive a oportunidade de conhecê-la no Senado, pois passei lá um tempo como suplente. Então, nós tínhamos um relacionamento bastante grande. Agora, a ministra tem uma visão muito fechada na questão amazônica. Quando o novo ministro vem e diz: ‘ok, eu não vou frouxar sobre a Amazônia’ - e ninguém quer que se afrouxe sobre a Amazônia - mas ele disse que também vai se preocupar com outras questões, como a questão ambiental nas cidades. Eu acho que é um avanço.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Campanha em prol da adoção e apadrinhamento de crianças inicia nesta terça-feira

Assessoria/Setecs-MT


O Governo do Estado de Mato Grosso, em parceria com o Poder Judiciário, realiza na próxima terça-feira (20.05) as comemorações do Dia Nacional da Adoção, celebrado no dia 25 de maio. A data será lembrada este ano com o início de uma grande campanha estadual, cujo lançamento está programado para as 17h do dia 20, no auditório do Fórum de Cuiabá e contará com a presença da secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), Terezinha Maggi, do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Paulo Lessa, do corregedor-geral do TJ, desembargador Orlando Perri, de todos os membros da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), de juízes da Vara da Infância e Juventude, Ministério Público, entre outras autoridades.

O objetivo dos organizadores da campanha estadual "Adotar é Legal" é levar ao conhecimento da sociedade a realidade das crianças abandonadas pelos pais ou que foram destituídas das famílias originais e estão à espera de pais adotivos em instituições públicas.

A novidade da campanha é o projeto “Padrinhos, Pais Solidários”. A intenção é incentivar famílias a apadrinharem crianças e adolescentes institucionalizados que perderam os vínculos com as famílias de origem e de difícil inserção em família substituta. Na ocasião será assinada uma parceria entre o Governo do Estado, Ministério Público e Poder Judiciário para a viabilização do projeto.

O projeto do apadrinhamento surge como uma segunda opção para aqueles que não conseguem mais serem adotados, mas que têm a chance de ganhar um padrinho. Crianças com doenças graves, ou então que passaram da idade para ir para adoção são as principais vítimas do abandono, e passam a ocupar os abrigos, ficando sob a tutela do Estado. A campanha cria oportunidades a essas pessoas, que poderão ser atendidas de três formas: padrinhos provedor, afetivo ou prestador de serviço.

No projeto do apadrinhamento, o padrinho provedor é aquele que dá suporte material ou financeiro à criança e ao adolescente, seja com a doação de materiais escolares, calçado, brinquedos, seja com o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva e até mesmo mediante contribuição mensal em dinheiro, em uma conta poupança.

O padrinho afetivo é aquele que visita regularmente a criança ou o adolescente, buscando-o para passar final de semana, feriados ou férias escolares em sua companhia, proporcionando a promoção social e afetiva e revelando a ela as possibilidades de uma convivência familiar e social saudável que gere experiências gratificantes.

Quanto ao padrinho prestador de serviços, consiste no profissional liberal que se cadastra para atender as crianças e adolescentes participantes do projeto, e que se dispõe a oferecer seu trabalho conforme sua especialidade profissional, independentemente de sua formação escolar.

A campanha 'Adotar é Legal', teve sua primeira edição no ano de 2001 e em 2007 foi transformada em programa permanente.

ESTATÍSTICA - Em Mato Grosso há aproximadamente 334 crianças sem possibilidade de retorno ao convívio familiar, vivendo em abrigos. Apenas em Cuiabá 38 estão aptas para a adoção, sendo que 90% são crianças com idade superior a sete anos e cerca de 30% tem problemas de saúde.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Praças são tomadas por marginais


Locais para o lazer da população estão tomados por consumidores de drogas lícitas e ilícitas; o problema afugenta até clientes de lojas


Áreas na região central e criadas para ponto de encontro de pessoas do bem, tornaram locais onde muita gente que vive à margem da sociedade...


Wisley Tomaz
Da Redação

Algumas praças de Cuiabá se tornaram alvo do abandono. São locais onde pessoas se reúnem para ingerir bebidas alcoólicas, usar e vender drogas. Lugares que foram construídos para dar lazer à população, acabam servindo de ponto de encontro daqueles que por alguma infelicidade estão à margem da sociedade. As mais comuns são as praças do bairro Porto, da Boa Morte, Maria Taquara, e Morro da Luz.

Um exemplo onde há, inclusive, um certo perigo, é a Praça Antônio Corrêa, também conhecida como praça da Boa Morte, em função da Igreja Católica do mesmo nome.

De acordo com denúncias dos próprios moradores, diariamente, mais de 20 pessoas se reúnem no local. As atividades praticadas por eles são variadas. Uns cuidam de veículos em troca de moedas que são usadas para comprar bebidas e drogas. Caso não recebem ameaçam os motoristas. Outros apenas ficam sentados, usando drogas e bebendo.

Há aqueles que perambulam de um lado ao outro. Segundo os moradores (a maioria não quis se identificar) estes são os que vendem substâncias entorpecentes e são os mais perigosos. Aos poucos, como relatam os moradores, os espaços para o lazer perdem as suas funções e se transforma, à noite, em áreas de risco. Andar à noite é pedir para ser assaltado.

"Esses pés-inchados (denominação dada para drogados e alcoólatras) ficam o dia inteiro sem fazer nada na praça, uns até batem nas portas de nossas casas pedindo comida e água. Se não damos nos ameaçam, algo tem que ser feito. Daqui uns dias eles invadem nossas residências", diz Francisco da Chaga Rocha, morador da Praça da Boa Morte há dois anos.

Os comerciantes locais também estão insatisfeitos, já que uma das ruas da praça, a Cândido Mariano, conhecida em Cuiabá como "rua das óticas", em função do alto número de lojas deste segmento, é frequentada por muitas pessoas.

"Teve uma época em que eu vendia cerca de 100 cachorros quentes aqui, hoje não vendo nem 50, tudo por culpa destes bandidos aí. As pessoas andam nesta rua para comprarem seus óculos, até o início da praça, mas quando avistam essas pessoas, todas sujas e drogadas, voltam para trás (sic). Se nada for feito eles vão tomar conta de tudo e nos deixar todos falidos", disse um comerciante.

Furto - No último final de semana a antiga sede do Cuiabanco - Banco do Povo Cuiabano, localizado na esquina das ruas Campo Grande com Antônio Corrêa, na parte lateral da praça da Boa Morte - foi invadida por pessoas não identificadas. Quando a polícia chegou ainda havia um homem bêbado dormindo na cozinha, que foi liberado por alegar que não tinha nada a ver com o crime e não ter nenhum objeto do crime com ele. Os assaltantes levaram toda a fiação elétrica do local e destruíram todas as pias e vasos sanitários dos banheiros para retirarem os metais de cobre.

Falta de segurança: o povo atrás das grades






Com grades e portas fechadas, assim é que funciona o comércio na principal avenida do bairro Jardim Florianópolis em Cuiabá. "As pessoas de bem aqui vivem presas e os ladrões soltos por aí", diz Joaquim Dias dos Santos, conhecido como Baiano morador do bairro há 16 anos. O morador reclamou da violência e sentimento de insegurança que ronda no bairro.

Segundo Baiano, todos os pequenos comércios do Florianópolis atendem atrás das grades de segurança nas portas. Baiano revela que não é mais possível sentar-se na cadeira em frente à sua "vendinha" para bater papo e ver os moradores passar.

"Um dia desses parou um ônibus aqui na frente que estava sendo assaltado. Minha mulher tava sentada aí, quando viu que o povo do ônibus saindo correndo, ela gritou que era assalto e correu para dentro", conta.

Baiano afirmou que sua esposa fica sozinha no mercado durante o dia e que por isso resolveu colocar grades, para aumentar a segurança da família no local. Além da situação de insegurança que assola as famílias, de acordo com ele, o policiamento no local é ruim.

"Os policiais aparecem aí lá pelas 9 horas da manhã, passam aqui na rua de viatura correndo. Quando vai ver, já foi. Mas a noite que é bom, não tem polícia aqui" reclama acrescentando outra falha da segurança: "e esse 190, a gente liga e eles nunca vem, eles perguntam se alguém morreu se a gente fala que não, eles não tão nem aí", critica.

A realidade no local é alarmante, não existe centro de policiamento no bairro e quando surge alguma ocorrência grave, os moradores, recorrem ao posto de atendimento do Jardim Vitória ou também utilizam o número de emergência da polícia, 190.

De acordo com o responsável pelo policiamento da região, o Coronel Osmar Farias, o maior problema enfrentado na central de atendimento por telefone são os trotes.

"A própria comunidade liga e passa trote, não é concebível que em 24 horas a cada 300 solicitações de viaturas, 250 sejam solicitações de vândalos. Por isso que quando o cidadão liga é necessário fazer uma série de perguntas e o cidadão fica revoltado", explica.

Segurança, uma “utopia”, diz coronel

Segundo Farias o problema do patrulhamento no local não seria pela falta de policiais e que, ao contrário do que os policiais dizem, "a polícia tem feito patrulhamento, mas uma coisa que nunca vai acontecer é acabar com a criminalidade, podemos baixar os índices, mas acabar é uma utopia. Nenhum país do mundo conseguiu", alega Farias.

O coronel Farias acredita que o problema não é da polícia "temos mais de 30 mil vendas, aproximadamente mil ruas. O estado não pode comprometer sua folha só para pagar policiais. O estado tem que progredir, cuidar de saneamento e uma série de outras coisas. A orientação é que as pessoas procurem fazer sua parte também na segurança".

E quando ele é questionado sobre a situação alarmante enfrentada pelos moradores acrescenta "não digo para as pessoas ficarem trancadas dentro de casa, mas que a pessoas devem adotar suas medidas de segurança. Tem horários que são mais perigosos. Isso não é apenas um caso de polícia, antes tem vários outros recursos para seguir, polícia é o último recurso do cidadão”, conclui.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Prostituição, violência e tráfico de drogas "invadem" Centro Histórico

Um local que deveria ser usado como ponto turístico não passa de ponto de encontro de malandros, prostitutas, meninos de ruas e bêbados


O entra e sai dos protíbulos, "disfarçados" de bares, é grande durante o dia


Wisley Tomaz
Especial para A Gazeta

O Centro Histórico de Cuiabá continua palco de prostituição, tráfico de drogas e violência. Um local que poderia ser usado como ponto turístico - em função da arquitetura dos seus casarios, ruas ainda pavimentadas com paralelepípedos e do saudosismo do passado - não passa de ponto de encontro de malandros, prostitutas, meninos de ruas, bêbados, traficantes, entre outras pessoas que vivem marginalizadas.

Na rua conhecida como "Beco do Candeeiro", é onde se concentra a maioria dos pequenos prostíbulos, que se "disfarçam" em bares, já que na maioria deles há mesas de sinuca na entrada e "junk box" (vitrolas eletrônicas). De acordo com as pessoas ouvidas pela reportagem, entre elas um mototaxista que pediu para não ser identificado, o movimento começa logo pela manhã, por volta das 9 horas, e só encerra ao amanhecer. "O dia inteiro tem gente entrando e saindo desses "inferninhos" ai, a prefeitura fecha, mas todos os dias abrem outros. Aqui tem de tudo quanto é espécie de gente atrás de sexo e drogas, desde adolescentes a velhos e bandidos. De vez em quando morre, assassinado ou de overdose".

A reportagem esteve durante dois dias no local, conversou com várias pessoas, entrou em algumas dessas casas e pode perceber que ainda há cabarés funcionando normalmente, sem alvarás e quaisquer condições de higiene - no total contabilizados oito. Há lugares, inclusive, com quartos onde são feitos os "programas" exatamente ao lado das cozinhas, onde se fritam porções e demais alimentos comercializados para os clientes.

Em um determinado momento, por volta das 15 horas, caminhávamos pelo "Beco", quando fomos abordados por uma jovem, que estava em companhia de mais duas amigas, todas ingeriam bebidas alcoólicas. Ela tinha cerca de 20 anos, magra, traços finos, vestia uma pequena saia e mini-blusa, que deixava seu abdome de fora. Sem nenhum constrangimento, ela disse: "Vamos fazer um sexo?" Perguntamos quanto custava e onde era seu local de trabalho, ela apontou um dos bares e disse que lá havia quarto com banheiro e que cobrava R$ 40.

Revitalização do Centro Histórico - Uma das promessas de campanha da atual administração municipal foi fechar ou transferir os prostíbulos do Centro Histórico de Cuiabá. Por algumas vezes a prefeitura até tentou, com operações em conjunto com a Polícia Militar e Vigilância Sanitária, mas eles sempre são reabertos. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Cuiabá, Osmário Daltro, a prefeitura tem consciência do problema. "Estamos com uma ação planejada e com data marcada para ser executada, vamos fechar todos os locais que estiverem funcionando sem alvará e estiverem servindo como casas de prostituição. No centro não é local para isso, sabemos que é difícil, mas vamos acabar com a prostituição naquela região".

Drogas - Em um dos prostíbulos visitados pela reportagem, um jovem vendia substâncias entorpecentes para clientes e mulheres visivelmente drogadas. Apesar de estarmos dentro do bar, não fotografamos em função do risco de uma represália por parte do traficante e também dos usuários. Em contrapartida, há poucos metros dali, havia cerca de cinco policiais militares e, também, em diversos pontos da cidade em função do feriado do Dias das Mães.

O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região central da Capital, coronel Jandir Metello Costa, falou sobre o problema. "Sempre fazemos operações naquela região, mas ali é complicado, pois muitos daqueles bares funcionam com alvarás. O problema vai além do trabalho da polícia, pois se trata de uma questão social. Mas é de nosso interesse que aquilo tudo ali seja fechado, pois sempre há crimes, como assassinatos e vendas de drogas".

Idade - Um dos detalhes que pudemos observar nos prostíbulos foi a idade das mulheres, muitas delas tinham mais de 40 anos e algumas com até 50. Além de mal vestidas e sujas, sua expressão facial era, na maioria das vezes, triste. Uma delas pediu que pagássemos uma bebida a ela, pois fazia algumas horas que não bebia, disse estar ali porque gostava do que fazia.

A psicóloga Irenize Canavarros fez algumas ponderações sobre essa questão. Segundo ela, muitas mulheres não amadurecem e, ao invés de crescer pelo amor, o fazem pela dor. "Algumas dessas mulheres são sofredoras e não fazem uma síntese da dor, procuram um atalho. Muitas são largadas pelos maridos, já com uma certa idade, e no lugar de procurar outro companheiro acabam entrando na prostituição, mesmo sabendo que há outros meios de ganhar a vida", avalia.

Outra ponto colocado pela especialista é que muitas prostitutas continuam na vida, apesar de a idade ficar um pouco mais avançada, em função da procura. "Há muitos homens que se sentem mais seguros para praticarem sexo com mulheres bem mais velhas, isso é completamente comum. Ou seja, se há procura elas continuam o seu trabalho".

domingo, 11 de maio de 2008

S.O.S Cidade

Da Redação

Limpeza - Os moradores do bairro Recanto dos Pássaros pedem que a prefeitura faça a limpeza do canteiro que fica embaixo do "linhão", onde está sendo construída a Avenida das Torres. O local está tomado pelo matagal, sujeira e esgoto a céu aberto.

Quebra-molas - Os quebra-molas estão "desaparecendo" de Cuiabá. A maioria das lombadas precisa ser refeita, já que elas servem para ordenar o trânsito e dar maior segurança. Além de mal sinalizadas elas estão ficando ineficazes, já que os motoristas "voam" sobre elas.

Moradores sonham em ter um mini estádio de futebol

Especial para A Gazeta

O sonho dos moradores do bairro Sucuri é a construção de um mini estádio de futebol. A única forma de lazer da comunidade são os jogos, que reúnem as famílias a beira dos dois campos improvisados.

As crianças também participam das competições. Elas frequentam aulas de iniciação esportiva na quadra de esportes Hélio Machado.

Os professores são voluntários e trazem gratuitamente os materiais necessários.

Entre os 30 meninos da escolinha de futebol está João Vitor de Arruda,11. O garoto não falta uma aula sequer e tem como objetivo jogar em um time profissional. O primeiro passo é participar de uma competição de verdade, com times de fora da comunidade. "O professor disse que não estamos preparados, mas logo vamos jogar. Quem sabe no novo estádio?".

A escolinha é destinada a crianças entre 7 e 16 anos. O projeto reúne atualmente 45 jovens, sendo 15 meninas.

Além do futebol, as crianças têm acesso a aulas de dança de rua, flauta e sessões de cinema, uma vez ao mês no Centro Comunitário.

O presidente do bairro, Fernando Rafael da Silva, procura apoio político para a reforma do espaço. Ele já procurou alguns parlamentares, porém nada de concreto foi encaminhado.

Com a ampliação, Fernando espera aumentar e diversificar as atividades oferecidas à comunidade.

Moradores sonham em ter um mini estádio de futebol

Especial para A Gazeta

O sonho dos moradores do bairro Sucuri é a construção de um mini estádio de futebol. A única forma de lazer da comunidade são os jogos, que reúnem as famílias a beira dos dois campos improvisados.

As crianças também participam das competições. Elas frequentam aulas de iniciação esportiva na quadra de esportes Hélio Machado.

Os professores são voluntários e trazem gratuitamente os materiais necessários.

Entre os 30 meninos da escolinha de futebol está João Vitor de Arruda,11. O garoto não falta uma aula sequer e tem como objetivo jogar em um time profissional. O primeiro passo é participar de uma competição de verdade, com times de fora da comunidade. "O professor disse que não estamos preparados, mas logo vamos jogar. Quem sabe no novo estádio?".

A escolinha é destinada a crianças entre 7 e 16 anos. O projeto reúne atualmente 45 jovens, sendo 15 meninas.

Além do futebol, as crianças têm acesso a aulas de dança de rua, flauta e sessões de cinema, uma vez ao mês no Centro Comunitário.

O presidente do bairro, Fernando Rafael da Silva, procura apoio político para a reforma do espaço. Ele já procurou alguns parlamentares, porém nada de concreto foi encaminhado.

Com a ampliação, Fernando espera aumentar e diversificar as atividades oferecidas à comunidade.

Transporte coletivo é ruim

Caroline Rodrigues
Especial para A Gazeta

O transporte coletivo é a principal reclamação dos moradores dos bairros Sucuri 1, Sucuri 2 e Serradão. A comunidade conta com apenas um ônibus que passa no intervalo de uma hora. Muitas pessoas optam por seguir a pé até a ponto mais próximo, localizado à 5 km. O presidente dos bairros, Fernando Rafael da Silva, acionou a empresa de ônibus responsável pela linha, mas nada mudou. "Eles (empresa) alegam que poucas pessoas usam o serviço. Isto não é verdade".

A falta de água no Sucuri 2 e Serradão é outro problema. No período de seca a população pede à prefeitura caminhões pipa para fazer a distribuição. O serviço chega a demorar 20 dias, o que leva a população a dividir a água de reservatórios e poços particulares.

O Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) fez um poço artesiano para atender a comunidade do Sucuri 2. O trabalho de perfuração foi concluído há 10 meses, porém as bombas não foram instaladas e o local está interditado.

A limpeza urbana e asfaltamento das ruas também são exigidas pelo moradores. A poeira traz doenças respiratórias para as crianças e sujam as casas. O mato e lixo ocupam o acostamento da avenida de acesso ao Sucuri. O comerciante Joanil José da Silva, considera um prejuízo a comunidade. "Os clientes acham a visão desagradável e reclamam".

Entre os pontos positivos do bairro estão tranquilidade e segurança. A moradora Laura Alves, 30, diz que o local é excelente para criar filhos. "Todo mundo se conhece e as crianças andam livres. Sem trânsito, barulho ou pessoas estranhas".

A solidariedade é um fator marcante entre os habitantes. Os membros da comunidade oferecem cursos no Centro Comunitário. Atualmente, são duas turmas, uma de bordado e outra de flauta. O presidente Fernando da Silva relata que a filosofia é: o que sabe mais, ensina.

A escola e o posto saúde são pontos forte da comunidade. Os espaços atendem com qualidade as pessoas do bairro e das localidades próximas, como o Ribeirão do Lipa e Jardim Colorado. Cerca de 500 pessoas moram nos bairros Sucuri 1, Sucuri 2 e Serradão. A principal fonte de renda é a pesca e produtos artesanais.

Evento - O projeto Viva Seu Bairro estará no bairro Sucuri hoje. O palco será montado em frente a quadra de esportes Hélio Machado. A programação conta com o Quadro Caça Talentos, e a apresentação do Grupo Kamawe, da dupla Léo Fernandes e Renner Costa, bem como a Banda dos Amigos, que finaliza o evento.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Morre mulher com suspeita de dengue hemorrágica em Cuiabá

Morre mulher com suspeita de dengue hemorrágica em Cuiabá
Redação 24HorasNews


Uma mulher de 33 anos, moradora do bairro Tijucal, morreu hoje a tarde, por volta das 16 horas, no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá com suspeita de dengue hemorrágica. O caso foi notificado à Diretoria de Vigilância em Saúde e Ambiente da Secretaria de Saúde de Cuiabá. Outras informações por meio de boletim a ser divulgado nesta sexta-feira.

Em meio à crise de desmatamento, Lula elogia Maggi como empresário






Em solenidade para o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS) no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, citou nesta quinta-feira o governador Blairo Maggi (PR), presente no evento, como um dos empresários mais bem sucedidos do país no agronegócio e um dos que tem a clareza de que as atividades devem andar em harmonia com o meio ambiente.

Blairo Maggi, junto com outros sete governadores que também fazem parte da Amazônia Legal, assinou a Carta do Desenvolvimento Sustentável, que, segundo Lula, será uma alternativa digna para as 24 milhões de pessoas que vivem e tiram seu sustento dentro da Amazônia. “Esse é um compromisso do Governo Federal, dos governos estaduais e da sociedade para a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira”, afirmou o presidente.

Antes da solenidade de lançamento do PAS, os governadores de Mato Grosso, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins, Amapá e Maranhão se reuniram por mais de duas horas com os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger e do Meio Ambiente, Marina Silva, onde discutiram questões relacionadas ao meio ambiente.

Ministros e governadores falaram dos quatro grandes eixos temáticos do PAS que são a produção sustentável com inovação e competitividade; a gestão ambiental e o ordenamento territorial; a inclusão social e a cidadania; e infra-estrutura para o desenvolvimento sustentável, como um novo modelo de desenvolvimento que pode garantir a preservação da riqueza da Floresta Amazônica.


Da Redação/ Com assessoria



Mais Meio Ambiente

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Riva pede ''sinalização'' do PR para disputar o Senado em 2010.


Prova maior que o processo sucessório deste ano está intrinsicamente ligado às eleições gerais de 2010 é o pedido de sinalização feito ao PR pelo primeiro secretário da mesa diretora da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), que quer o apoio dos republicanos para disputar uma das vagas de senador em 2010.

"O Riva fez esse encaminhamento, que o governador Blairo Maggi já me comunicou e eu acho que o sinal tem que ser dado sem problema nenhum", declarou o deputado federal Wellington Fagundes, que também pode ser candidato ao Senado, em entrevista concedida ao Olhar Direto, em Brasília.

"Minha pretensão é disputar o Senado, mas uma eleição majoritária não depende só da vontade do candidato, ou seja, da minha vontade, mas sim de um trabalho de grupo. Acho ainda prematuro discutir as eleições de 2010, porque o momento ainda não é propício, mas quem estiver bem no momento certo reunirá mais condições de ser o candidato", pondera Fagundes.

A despeito da avaliação moderada de Wellington Fagundes, o deputado José Riva não esconde que seu projeto é ser candidato a senador. Parlamentar de cinco legislaturas seguidas, Riva sonha alto, embora tenha consciência das dificuldades de disputar uma das duas vagas de senador em 2010.

Nos bastidores, o próprio PR poderá ter em Blairo Maggi o seu principal candidato. O PSDB deve lançar o ex-senador Antero Paes de Barros. A senadora Serys Slhessarenko deve ser candidata à reeleição e o DEM também poderá ter um candidato caso o diretor geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura), Luiz Antonio Pagot, mantenha-se na condição de pré-candidato a governador.

Suplente de senador, Pagot não esconde sua pretensão em ser o sucessor de Maggi, mas o senador Jaime Campos, do DEM, também já está em campanha. Ou seja: os interesses de ambos são convergentes, algo incomum em política, mas não deixa de ser um paradoxo para dois líderes que hoje são "aliados".

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vuolo diz que Prefeitura “esconde” peças chaves para CPI do Lixo

Fablício Rodrigues


Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Lixo, o vereador Francisco Vuolo (PR) informou que vai protocolar amanhã mais um requerimento na Prefeitura de Cuiabá solicitando cópias de pelo menos mais dois documentos que não foram entregues pela administração. Uma delas é referente ao processo licitatório suspenso pela Justiça no início deste ano por suspeita de irregularidades, e a outra diz respeito à reativação de contrato com a empresa Interpa/Qualix, que venceu a concorrência em 1999, e hoje presta serviço de coleta de lixo no município.

“Até agora a Prefeitura não nos encaminhou nada neste sentido. Nós reiteramos o pedido e não tivemos resposta”, disse Vuolo, informando que, devido à falta de documentação, a CPI não suspendeu a liminar que obrigava a Prefeitura a enviar as cópias aos vereadores. A decisão foi proferida no dia 16 de abril pelo juiz Marcio Guedes, da Segunda Vara Especializada da Fazenda Pública, e no mesmo dia a Prefeitura informou que faria o encaminhamento do pedido.

Os vereadores argumentam que as referidas cópias são “peças chaves” para a investigação, que tem como foco principal os processos licitatórios. Segundo Vuolo, em 1.999, na gestão do ex-prefeito Roberto França, a Interpa/Qualix sagrou-se vencedora de uma licitação, mas por problemas de falta de pagamento e denúncias de mau-atendimento o contrato foi suspenso em 2001. Em seguida, outras empresas foram contratadas em caráter emergencial, como a Marquise. Em 2004, ela venceu nova concorrência realizada pela Prefeitura.

Ao assumir a administração em 2005, o prefeito Wilson Santos (PSDB) suspendeu o contrato com a Marquise e reativou o de 1999, com a Qualix. “O documento que nós pedimos é o processo administrativo que justifica a reativação do contrato, mas a Prefeitura não nos mandou. Precisamos desse processo para saber se é ou não legal”, justificou o vereador. A Qualix tem uma equipe de 100 garis e uma frota de 14 caminhões. Diariamente, recolhe ao menos 450 toneladas de lixo. O faturamento mensal da empresa é de R$ 1,1 milhão.

Além das duas cópias que estão faltando, a CPI aguarda o envio de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) ambientais, firmados entre a Prefeitura e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). “Este tipo de ação, de não mandar documentos chaves, começa a me deixar preocupado. A gente lamenta essa atitude do prefeito, porque o trabalho da CPI vai ficar ainda mais atrasado”, disse Vuolo. Neste domingo, o procurador-geral do município, José Antonio Rosa, disse que vai analisar novamente o pedido amanhã e providenciá-lo.

Amanhã pela manhã, os membros da CPI devem se reunir para discutir, além da não entrega de documentos, quem serão as primeiras pessoas a serem ouvidas acerca dos processos licitatórios. Embora informações de bastidores dessem conta de que o procurador José Antonio Rosa seria um dos nomes, o vereador informou que ainda não há nada definido.

VALE DO RIO CUIABÁ

Plano Diretor para 11 municípios

Convênio será assinado na Assembléia Legislativa pelo governador Blairo Maggi e Rodrigo Figueiredo, do Ministério das Cidades


O secretário Yenes Magalhães lembra que municípios concentram problemas de questão fundiária urbana


Auro Ida
Da Redação

O governador Blairo Maggi assina amanhã, na Assembléia Legislativa, convênio com o Ministério das Cidades, representado pelo secretário executivo, Rodrigo Figueiredo, no valor de R$ 1,6 milhões (R$ 300 mil contrapartida do Estado), para a implantação do Plano Diretor nos municípios que compõem consórcio do Vale do Rio Cuiabá. A iniciativa irá beneficiar 11 dos 13 municípios que integram a região, já que Cuiabá e Várzea Grande - possuem Plano Diretor - será transformada em região Metropolitana.

"A implantação do Plano Diretor, atendendo o Estatuto das Cidades, é importante para direcionar o desenvolvimento e a defesa do meio ambiente", destacou o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, o Cidinho, um dos responsáveis pela execução do projeto, que será executado através do MT Regional e da Secretaria de Planejamento.

Para o titular da Secretaria de Planejamento, Yenes Magalhães, é de extrema importância a elaboração do Plano Diretor, porque os "11 municípios registram os menores indicadores sociais do Estado em área de ocupação antiga, com registro de áreas remanescentes de quilombolas e que concentra significativas questões fundiárias urbanas de Mato Grosso".

Além disso, segundo ele, estes municípios centralizam os diversos eixos de escoamento de produção do Estado e permitem o acesso às demais regiões do país, localizando-se nas imediações de obras de investimento em energia, habitação, saneamento e logística constantes do Plano de Aceleração de Crescimento -PAC, que deverão gerar impactos significativos.

Com essa preocupação, de acordo com Yenes Magalhães, alguns desses municípios já preencheram consultas prévias no Ministério das Cidades relativas a investimentos em habitação, "de onde se conclui a importância do Plano Diretor que deverá preceder a realização desse plano setorial e buscar as soluções para atenuar os impactos gerados pelo PAC, através do planejamento a ser elaborado", ressalta o secretário de Estado de Planejamento.

domingo, 4 de maio de 2008

DESCASO

Coleta de lixo reduz em Cuiabá

Caroline Rodrigues
Especial para a Gazeta

Vários bairros de Cuiabá estão com a coleta de lixo irregular. Os sacos ficam acumulados nas calçadas esperando o caminhão, que demora até 5 dias para fazer o recolhimento. O mau cheiro e animais peçonhentos incomodam a dona-de-casa Maria Ana dos Santos, 52, moradora do bairro Alvorada. No local, o serviço era realizado três vezes por semana, mas no último mês a frequência reduziu, passando para um único recolhimento semanal.

Situação idêntica acontece no bairro Jardim União, próximo à Avenida das Torres, que está em construção, onde, além de diminuir o número de coletas, o caminhão não passa em todas as ruas.

Como o bairro não é asfaltado, as chuvas causaram o assoreamento de alguns trechos, formando profundas valetas. Os motoristas alegam que a falta de infra-estrutura dificulta a entrada do veículo coletor na rua.

Para ter o lixo coletado, os moradores pegam as sacolas e as levam até o local onde o lixeiro passa. "É difícil porque como o bairro é pobre, ninguém dá atenção. Temos que ficar atentos ao barulho do carro de lixo e correr para não perder", relatou a dona-de-casa Maria da Silva Santana,25, moradora do bairro Jardim União.

A deficiência de serviço aparece na região Sul de Cuiabá, nos bairros Jardim Universitário, Jardim Imperial e Recanto dos Pássaro, na região Centro Norte, no bairro Alvorada, e na Centro Sul, nas proximidades do bairro Jardim União.

A empresa Qualix terceriza o serviço de coleta de lixo desde a administração municipal passada. Em abril de 2008, os processos licitatórios para a contratação da Qualix foi questionado pela Câmara Municipal.

O contrato com a empresa é emergencial, modalidade que não exige licitação. A situação motivou a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Lixo.

O presidente da CPI é o vereador Francisco Vuolo, pediu intervenção da Justiça para o encaminhamento das cópias do processo pela Prefeitura de Cuiabá na primeira quinzena de abril de 2008.

Após a coleta de documentos, a investigação passará para a fase dos depoimentos, na qual serão ouvidas as partes envolvidas.

Outro lado - A Prefeitura de Cuiabá já notificou a empresa Qualix, responsável pela coleta de lixo em Cuiabá.

O diretor de Operações Urbanas da Secretaria de Estado de Infra-estrutura, Clever Costa Leite, falou que devido ao feriado, muitos garis deixaram de comparecer ao trabalho, porque o ponto é facultativo.

A empresa comprometeu-se a normalizar o serviço até sábado(3).