quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Consciência coletiva

Tempo de pré-campanha eleitoral também é tempo de enganação. Em todos os sentidos. Mensagem que tem circulado às vésperas da entrada de 2008 faz apologia do voto nulo e contém inverdades. Ela tem origem desconhecida, ninguém se responsabiliza pelo seu conteúdo e sua disseminação se faz rapidamente em anos de eleições. A União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) não aceitou fazer parte dessa panacéia e, por isso, usa este espaço para denunciá-la.

Para anular o voto, o eleitor tem de digitar um número inválido e, depois que a máquina informar “número incorreto, corrija seu voto”, ele deve confirmar o número incorreto, isto é, o voto nulo.

Os brasileiros se têm mostrado cada vez mais críticos na avaliação do desempenho das figuras públicas e exibem crescente rigor na vigilância do comportamento de vereadores, deputados e senadores, sempre mais expostos aos olhos da população. É uma vitória para o país, pois contribui para aperfeiçoar a democracia. Nenhuma nação será saudável se prescindir do funcionamento do Legislativo. Mais eficaz, portanto, é reduzir a bancada de corruptos e ineficientes. Para tanto, é preciso que se escolham candidatos decentes.

E fazemos esse alerta com bastante antecedência. Eis o modo mais sensato de o eleitor emitir um grito de protesto contra os rumos nebulosos seguidos por seus representantes.

Os representantes do povo são eleitos livremente nas urnas. Se não cumprirem seu papel, providencie-se a substituição no pleito seguinte. Em 2008, nada de anular voto. A Ucamb recomenda, sim, o voto consciente.