terça-feira, 30 de março de 2010

DESCASO DA PREFEITURA



Ponte de madeira semi-destruída isola bairros e põe crianças em risco
Moradores dizem que Wilson Santos prometeu construir ponte de concreto e asfaltar o acesso, mas sequer deu manutenção à ponte de madeira

Por RONALDO PACHECO


O abandono de uma ponte de madeira sobre o córrego Três Barras isolou cerca de quatro mil moradores do Jardim Umuarama I e II, Altos da Glória e segunda etapa do Três Barras. Para chegar à área central da cidade, sem a ponte, os moradores são obrigados a dar uma “volta” de quase 1.500 metros.

O ‘alongamento’ do trajeto prejudica, principalmente, crianças que estudam nas Escolas Rafael Rueda, no Jardim Umuarama; José Firmo Rodrigues, no Três Barras; e Aristotelino Alves Praeiro, no 1º de Março. Pelo menos seis crianças de bicicleta já caíram no buraco da cabeceira da ponte de madeira, sendo que duas sofreram ferimentos de maior gravidade. Caminhões de entrega e outros também já foram vítimas dos buracos da ponte, ficando atolados entre a cabeceira e a ponte. Construída pelo governo de Mato Grosso, a manutenção da obra foi entregue à Prefeitura de Cuiabá.

Todavia, nunca recebeu qualquer tipo de obra ou serviço da municipalidade, num dos pontos de maior trânsito sobre o córrego Três Barras. Em campanha, o prefeito Wilson Santos (PSDB) prometeu construir ponte de concreto e asfaltar o acesso aos bairros Altos da Glória e Jardim Umuarama. Contudo, Wilson sequer deu manutenção à ponte de madeira, já existente. Ficou na promessa de campanha.

O presidente da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb),. Édio Martins de Souza, observa que vários programas de TV já fizeram reportagens sobre o problema, mas a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura não se sensibiliza e o local entregue à própria sorte. “Existe o risco de acontecer uma tragédia lá, a qualquer momento, com perdas de vidas humanas”, pondera Martins de Souza. Dona Ana de Assis, moradora da região há anos, revela que os moradores estão cansados de reclamar, sem ver qualquer providência ser tomada pela prefeitura. Ana de Assis observa que quem solicitar o Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) da Saúde ou os serviços da Polícia, corre o risco de não ver o socorro chegar a tempo, justamente por causa da situação precária da ponte. (Colaborou Jurandi Vieira)